alavra da mais alta admiração pelo homem que entre nós tem chefiado essa obra que tem permitido a todos - nacionais e estrangeiros que nos procuram - viver em paz, trabalhar e construir em calma.
Creio que para todos, mesmo para nós, que na nossa ânsia e inquietação de mais e melhor nos perdemos às vezes na dúvida ou nos perturbamos por momentos, esquecendo o traço do caminho percorrido, fica aqui bem a recordação destas palavras dum estrangeiro que conhece o Mundo e que, por isso, melhor nos pode julgar.
Recolhamos este testemunho de justiça - um ajuntar a tantos outros - e continuemos o nosso caminho, duro o trabalhoso, que precisa ainda tanto do nosso sacrifício e da nossa fé.
Vozes: - Muito bem, muito bem!
O orador foi muito cumprimentado.
O Sr. Sá Linhares: - Sr. Presidente: é a primeira vez que tenho a honra de falar nesta Assembleia estando V. Ex.ª investido no elevado e difícil cargo de seu Presidente.
Essa honra dá-me o ensejo de as minhas primeiras palavras serem para V. Ex.ª, para lhe apresentar as minhas mais respeitosas e calorosas saudações o afirmar-lhe o meu sincero rejubilo pelo incontestado direito que V. Ex.ª conquistou, através da sua brilhante actuação na vida política e social do Pais, para dirigir e orientar os trabalhos desta Assembleia, de forma a dar-nos a certeza de ela cumprir a sua importante e alta missão.
Vozes: - Muito bem!
O Orador: - Aos meus ilustres colegas dirijo igualmente as minhas afectuosas saudações e a firme promessa da minha modesta mas leal colaboração.
Nesta legislatura vim encontrar antigos e novos companheiros.
Entre os antigos verifiquei a falta de alguns que a morte arrebatou ao nosso convívio.
Para todos esses a homenagem da minha saudade.
Seja-me porém permitido que neste momento, impelido por uma saudade, que jamais se apagará da minha memória nem do meu coração, eu recorde o nome do meu querido amigo e camarada comandante Quelhas Lima e lhe preste nesta Assembleia, de que foi um dos seus mais ilustres oradores, a minha homenagem de muitas saudades, pelas suas altas qualidades de homem honrado, de marinheiro de têmpera, de parlamentar distinto e de amigo leal e sincero.
Vozes: - Muito bem!
O Orador: - Não devo ainda, pela muita consideração e estima que lhe dedicava, pelo aprumo de toda a sua exemplar vida, pelos laços de parentesco que a ele me ligavam e pela força das circunstâncias de ser o seu sucessor na representação honrosa nesta Assembleia do distrito da Horta, esquecer outro nome que à vida do País deu o melhor da sua inteligência e do seu esforço. É o coronel Linhares do Lima, a quem igualmente presto a minha homenagem de muitas saudades, afirmando que a sua vida é uma lição.
Vozes: - Muito bem!
O Orador: - Sr. Presidente: pretendi usar da palavra, quando da discussão da Lei de Meios, que ontem foi concluída nesta Assembleia, para tratar de alguns importantes problemas ligados ao distrito da Horta.
A falta de elementos de estudo não permitiram satisfazer o meu desejo.
No entanto, julgo não dever deixar de aproveitar o actual momento, em que à Lei de Meios se vai seguir a distribuição de verbas para a realização das várias obras projectadas, para deste lugar solicitar do ilustre Ministro das Obras Públicas a sua especial atenção e o seu conhecido carinho para aquelas de cuja execução dependa a melhoria de vida das populações das nossas terras e o desenvolvimento e progresso do Pais.
Estão neste caso as isoladas ilhas do distrito da Horta, desde o liliputiano Corvo até ao Lindo mas desditoso Faial, reduzido hoje aos seus pobres recursos, com o desaparecimento da navegação do seu magnifico porto, que outrora foi a mais rica fonte da sua economia.
O Sr. Ministro das Obras Públicas dignou-se visitar aquelas ilhas e conhece os seus problemas e isso me basta para ter a certeza de que ele não esquecerá no ano de 1954 o que lhe foi pedido pelos seus habitantes, na medida do que for justo e urgente.
Vozes: - Muito bem, muito bem!
O orador foi muito cumprimentado.
O Sr. Alberto de Araújo: - Sr. Presidente: pedi a palavra para mandar para a Mesa o seguinte
Requerimento
«Requeiro que, com a possível urgência, me sejam fornecidos, pelo Ministério das Comunicações, os seguintes elementos:
1.º Número dos telefones automáticos já em funcionamento no Pais e indicação das localidades onde estão instalados;
2.º Data em que se julga provável a instalação de telefones automáticos no Funchal, uma das cidades mais importantes do País, pela sua economia e população;
3.º Horário oficial do funcionamento da estação dos correios, telégrafos e telefones do Funchal nos dias úteis, domingos e feriados;
4.º Resultado financeiro da exploração dos correios, telégrafos e telefones no distrito do Funchal, discriminado por cada um destes serviços e, por anos, no período de 1947-1952;
5.º Indicação das freguesias e localidades onde os correios têm estações próprias na ilha da Madeira e aquelas onde estão a cargo de estabelecimentos comercias e, neste ultimo caso, a percentagem ou remuneração atribuída a quem se desempenha desse serviço público;
6.º Motivos por que até agora não foi instalado um posto telefónico na freguesia da Quinta Grande, com prejuízo da sua população».
Sr. Presidente: - Vai passar-se à
O Sr. Presidente: - A ordem do dia é constituída pela eleição de comissões, como V. Ex.ª sabem.
Interrompo a sessão por trinta minutos para elaboração das respectivas listas.
Eram 18 horas.
O Sr. Presidente:- Está reaberta a sessão.
Eram 18 horas e 35 minutos.