João Afonso Cid dos Santos.

João da Assunção da Cunha Valença.

João Cerveira Finto.

João Luís Augusto das Neves.

João Mendes da Costa Amaral.

Joaquim Dinis da Fonseca.

Joaquim Mendes do Amaral.

Joaquim de Pinho Brandão.

Joaquim de Sousa Machado.

José Dias de Araújo Correia.

José Garcia Nunes Mexia.

José Guilherme de Melo e Castro.

José Maria Pereira Leite de Magalhães e Couto.

José Sarmento Vasconcelos e Castro.

José Venâncio Pereira Paulo Rodrigues.

Luís de Arriaga de Sá Linhares.

Luís de Azeredo Pereira.

Luís Maria Lopes da Fonseca.

Luís Maria da Silva Lima Faleiro.

Manuel Cerqueira Gomes.

Manuel Maria de Lacerda de Sousa Aroso.

Manuel Maria Múrias Júnior.

Manuel Marques Teixeira.

Manuel Monterroso Carneiro.

Manuel de Sousa Rosal Júnior.

Manuel Trigueiros Sampaio.

D. Maria Margarida Craveiro Lopes dos Reis.

Mário de Figueiredo.

Paulo Cancella de Abreu.

Pedro de Chaves Cymbron Borges de Sousa.

Ricardo Vaz Monteiro.

Urgel Abílio Horta.

O Sr. Presidente: - Estão presentes 75 Srs. Deputados.

Está aberta a sessão.

Eram 16 horas e 8 minutos.

O Sr. Presidente: - Está em reclamação o n.º 13 do Diário das Sessões.

O Sr. Mário de Figueiredo: - Sr. Presidente: não vou propriamente pedir para ser rectificado o Diário das Sessões relativamente àquilo que eu disse na sessão de anteontem. Tinha que, de alguma maneira, o refazer. Só queria que ficasse a constar do Diário das Sessões de hoje - que não revi os apartes que nessa sessão fiz e que quem os ler não fica com uma impressão adequada dos objectivos que com eles pretendia visar.

O Sr. André Navarro: - Sr. Presidente: quero exactamente fazer as mesmas considerações que fez o Sr. Dr. Mário de Figueiredo. Os apartes que visei nessa sessão ficaram totalmente deformados no Diário doa Sessões. Seria necessário refundi-los por completo.

O Sr. Presidente: - Mas V. Ex.ª reviu-os?

O Orador: - Não os revi.

O Sr. Presidente: - Considero o Diário n.º 13 aprovado, com as reclamações apresentadas pelos Srs. Deputados Mário de Figueiredo e André Navarro.

Deu-se conta do seguinte

Da Direcção Diocesana da Juventude Operária Católica do Porto felicitando o Sr. Deputado Urgel Horta pela sua intervenção relativa à resolução do problema habitacional para as classes pobres daquela cidade.

O Sr. Presidente: - Tem a palavra o Sr. Deputado Pereira da Conceição.

O Sr. Pereira da Conceição: - Sr. Presidente: pedi a palavra para me referir a dois problemas que andam directamente ligados à acção do jornalismo no nosso pais. Todos nós sabemos a importância extraordinária que o jornalismo tem numa nação. É na realidade o jornalismo não só um meio activo de propaganda, mas também uma alavanca na educação das massas. O jornalismo tem também funções na morigeração dos costumes ao chamar a atenção das autoridades e dos elementos do Estado para determinados, problemas de interesse público. E, se encontramos no jornalismo de alguns países latinos a preocupação de explorar os crimes passionais, ficamos absolutamente satisfeitos quando comparamos esses jornais estrangeiros com os nossos, certamente pôr vezes mais modestos na apresentação gráfica, mas mais intransigentes na sua finalidade nacional. Tendo, pois, em atenção essa acção do jornalismo na cooperação dos interesses e no zelo e patriotismo da causa nacional, já aqui nesta Assembleia, por várias vezes, tem sido chamada a atenção - para factos que foram iniciados ou postos em execução, pela primeira vez, nos nossos jornais.

Ainda há poucos dias o ilustre Deputado Sr. Ricardo Durão chamou a atenção para um facto publicado nos jornais O Século e A Voz; hoje permito-me chamar também a atenção da Assembleia para um outro facto publicado ontem num grande jornal diário da nossa capital, o qual é motivo para o nosso interesse nesta Assembleia, por se tratar de um problema que põe em causa o património moral da Nação.

Dá-se nesse jornal a notícia de que nos Estados Unidos da América uma empresa comercial de Hollywood, redutora de filmes, vai realizar um filme sobre Vasco a Gama.

Ora o escritor encarregado de redigir o respectivo argumento é uma pessoa absolutamente 'desconhecida em Portugal. Não se sabe, pois, se se tem dedicado, ao estudo da história do nosso pais, à investigação das personalidades históricas e da época em que se deve enquadrar o referido filme, e, portanto, ignoramos essa pessoa sob o ponto de vista de categorização intelectual para escrever um argumento dessa natureza. Tal facto pode fazer-nos surgir dúvidas sob b' respeito intrínseco da história deste povo e desta Nação.

Vozes: - Muito bem!

O Orador: - Temos já visto alguns filmes de produção estrangeira que são absolutamente atentatórios da história do passado e até da propaganda e da difusão da civilização, em que se empenharam e se empenham povos de larga história, como o nosso.

Portugal não pode alhear-se deste facto, tanto mais que muito recentemente foi produzido um filme sobre Cristóvão Colombo em que de tal modo se deturpava a personalidade dessa alta figura que a Espanha e Portugal se viram obrigados a proibir a sua exibição.

Vozes: - Muito bem!