Joaquim Dinis da Fonseca.

Joaquim Mendes do Amaral.

José Dias de Araújo Correia.

José Garcia Nunes Mexia.

José Guilherme de Melo e Castro.

José Maria Pereira Leite de Magalhães e Couto.

José Sarmento Vasconcelos e Castro.

José Venâncio Pereira Paulo Rodrigues.

Luís de Arriaga de Sá Linhares.

Luís de Azeredo Pereira.

Luís Maria Lopes da Fonseca.

Manuel Colares Pereira.

Manuel Maria de Lacerda de Sousa Aroso.

Manuel Maria Múrias Júnior.

Manuel Maria Vaz.

Manuel Marques Teixeira.

Manuel Monterroso Carneiro.

Manuel de Sousa Rosal Júnior.

Manuel Trigueiros Sampaio.

D. Maria. Margarida Craveiro Lopes dos Reis.

Mário Correia Teles de Araújo e Albuquerque.

Mário de Figueiredo.

Pedro de Chaves Cymbron Borges de Sousa.

Ricardo Vaz Monteiro.

Rui de Andrade.

Sebastião Garcia Ramires.

O Sr. Presidente: - Estão presentes 65 Srs. Deputados.

Está aberta a sessão.

Eram 16 horas e 10 minutos.

ntes da ordem do dia

O Sr. Presidente: - Está em reclamação o n.º 18 do Diário das Sessões.

O Sr. Armando Cândido: - Na p. 248, col. 2.a, 1. 7, devem ser eliminadas as palavras ca gana de vencer; e na p. 249, col. 2.ª, 1.37, deve substituir-se a palavra «descalabro» por «desbarato».

O Sr. Presidente: - Como mais nenhum Sr. Deputado deseja apresentar qualquer reclamação ao Diário das Sessões n.º 18, considero-o aprovado com as rectificações apresentadas.

Pausa.

O Sr. Presidente: - Antes de prosseguir nos assuntos pertinentes ao período de antes da ordem do dia vou dar a palavra ao Sr. Deputado Mário de Figueiredo, a fim de o mesmo se referir ao início das comemorações do 4.º centenário de S. Paulo.

Dado o interesse do assunto, convido S. Ex.ª a subir à tribuna.

O Sr. Mário de Figueiredo: - Sr. Presidente: iniciam-se hoje as comemorações do 4.º centenário da fundação de S. Paulo, a seguir às que acabam de celebrar-se em Pernambuco.

Nestas tivemos a representar-nos o Deputado Dr. Lopes de Almeida.

Não é meu intuito valorar o sentido dos factos em que mergulham as raízes das duas comemorações, uns era relação aos outros. Se numa se celebra o instinto de reagir contra a possibilidade de dois sistemas civilizadores que, no seu desenvolvimento, haviam de ameaçar a unidade, na outra celebra-se o puro movimento de um sistema que produziu essa coisa extraordinária que é o Brasil e, no Brasil, essa coisa extraordinária que é S. Paulo.

Vozes: - Muito bem, muito bem!

O Orador: - Em ambas se celebra um espírito humanista de universalidade que modela almas, todas sem distinção de raças, filhas de Deus, na ânsia de buscar a unidade na formação das gentes sem excluir a pluralidade nos modos de expressão daquele espirito da universalidade.

Vozes: - Muito bem, muito bem!

O Orador: - Também não é meu intuito estudar o processo de formação histórica de S. Paulo nem a sua projecção no tempo, na vida da humanidade ou na de Portugal e do Brasil. Isso pertence às Universidades e às Academias. A uma assembleia política pertencerá senti-los. Eu, porque os sinto, quero apenas aproveitar o ensejo para saudar o Brasil e, em especial, S. Paulo, nesta data centenária, pelo que estas comemorações representam como apologia da síntese do espírito português e brasileiro.

Vozes: - Muito bem, muito bem!

O Orador: - Lembro-me de que um dia, ao festejar a conclusão de um acordo entre Portugal e o Brasil, tive ocasião de dizer que, durante as negociações, cada uma das missões não chegava a discernir se, ao propugnar pela instituição de certas soluções, estava a defender os interesses de Portugal se os do Brasil! Tão certo é que uns e outros nos sentíamos igualmente presos às duas pátrias ou, sem renegarmos nenhuma, as reduzíamos à unidade.

Vozes: - Muito bem, muito bem!

O Orador: - É neste clima, Sr. Presidente, que eu desejo se olhe para a saudação que exprimo e traduz sem dúvida o pensamento da Assembleia.

Vozes: - Muito bem, muito bem!

O orador foi muito cumprimentado.

O Sr. Presidente: - Srs. Deputados: passa hoje o 4.º centenário da fundação de S. Paulo e iniciam-se as comemorações de tão notável acontecimento. A Câmara não podia deixar de assinalar nos seus fastos a data gloriosa; e acaba de o fazer pela voz autorizada do sen ilustre leader - o Sr. Deputado Mário de Figueiredo.

Vozes: - Muito bem!

O Sr. Presidente: - Sei que há em alguns Srs. Deputados o pensamento de uma sessão especial para dar o relevo merecido a esse facto e ao da libertação de Pernambuco, cujo aniversário também decorre este ano. Não fica de parte a ideia, mas hoje não podemos deixar de aqui nos referirmos ao início das comemorações da fundação de S. Paulo. Por mim nunca estive tão seguro de interpretar o sentimento unanime da Câmara e o de todos os portugueses como neste momento, ao saudar o Brasil pelo 4.º centenário da fundação da cidade de S. Paulo, nem nunca me foi tão grato o cumprimento de um dever inerente as minhas funções. É que o Brasil continua sendo para todos nós, para os nossos corações, a nossa pátria afectiva, a extensão da nossa personalidade no Mundo.

Vozes: - Muito bem, muito bem!