tados, garantindo que os completo com sentimentos íntimos da maior e mais sincera cordialidade.

Sr. Presidente: veio ontem a público a noticia oficial da próxima visita do Chefe do Estado às províncias de Angola e de S. Tomé e Príncipe. Em meu entender, a Assembleia Nacional - e logo na primeira oportunidade que depois dessa publicação se lhe oferece - não pode deixar de manifestar a sua satisfação pela noticia, de lhe dar expresso aplauso, de sublinhar a importância e o alcance de uma tal decisão.

Vozes: - Muito bem, muito bem!

O Orador: - Já a mensagem com que o ilustre Chefe do Estado honrou esta Assembleia na sessão que solenemente abriu a presente legislatura, já essa mensagem, dizia eu, deu a conhecer ao Pais a sua intenção de visitar os territórios de além-mar. Anuncia-se agora que cabem a S. Tomé e Príncipe e a Angola a honra e a alegria de serem as primeiras províncias visitadas e que essa visita se realizará em breve, nos próximos meses de Maio e Junho.

Disse na sua mensagem o Sr. General Craveiro Lopes:

Por mim nada mais desejo com tanto ardor que poder iniciar, na devida oportunidade, as minhas visitas ao ultramar, para viver o seu portuguesismo, certificar-me do seu desenvolvimento e congratular-me pelos seus progressos com aqueles a cujo trabalho, sacrifícios e dedicação especialmente se devem.

Sr. Presidente: trouxe-me a esta Assembleia um nobilitante mandato, a cujas pesadas responsabilidades receio não poder corresponder por completo. É precisamente o da difícil representação parlamentar, embora com a excelente e valiosa camaradagem do capitão Teófilo Duarte e do engenheiro Monterroso Carneiro, da grande província ultramarina de Angola.

Pois bem!

Fazendo por honrar esse mandato, só posso neste momento - e em referência àquelas palavras do Sr. Presidente da República - expressar a antecipada certeza do orgulho e ternura com que S. Ex.ª vai «viver o portuguesismo» da terra e das gentes angolanas; da admiração e entusiasmo com que vai «certificar-se do seu desenvolvimento»; do apreço e reconhecimento com que vai congratular-se pelos seus progressos «com aqueles a cujo trabalho, sacrifícios e dedicação especialmente se devem» esses progressos.

Vozes: - Muito bem, muito bem!

províncias do ultramar.

Vozes: - Muito bem, muito bem!

O Orador: - Sr. Presidente: regressei da nossa África enfeitiçado. O Sr. General Craveiro Lopes, que já conhece, por o ter vivido demoradamente, o feitiço de Moçambique, virá também enfeitiçado de Angola e de S. Tomé e Príncipe. Mais fortes e renovados elos ficarão prendendo indissoluvelmente a metrópole ao ultramar, o Governo Central à administração das províncias, os portugueses da Europa aos portugueses da África.

E permito-me solicitar de V. Ex.ª, Sr. Presidente, que transmita ao Chefe do Estado os votos, sem dúvida unanimes, da Assembleia Nacional - votos que aplaudem veementemente a decisão tomada e votos que enaltecem e consagram, a propósito da sua próxima viagem, as acarinhadas, preciosas, imorredouras certezas da solidária unidade de Portugal no Mundo!Tenho dito.

Vozes: - Muito bem, muito bem!

O orador foi muito cumprimentado.

O Sr. Vaz Monteiro: - Sr. Presidente: como acabamos de ouvir pela voz do Sr. Deputado Cancella de Abreu, a imprensa diária deu ao Pais conhecimento da nota oficiosa da Presidência da República que anuncia a próxima visita do Chefe do Estado às províncias ultramarinas de Angola e de S. Tomé e Príncipe.

Como português e como Deputado eleito por S. Tomé e Príncipe, desejo associar-me à satisfação geral dos Portugueses e particularmente dos das províncias do ultramar que vão ter a honra da visita do primeiro magistrado da Nação.

Vozes: - Muito bem!

O Orador: - E, ao associar-me à satisfação de todos os portugueses, quero desde já afirmar que S. Ex.ª o Sr. Presidente da República, tanto em Angola como em S. Tomé e Príncipe, será triunfalmente recebido com as mais sinceras manifestações de patriotismo.

Vozes: - Muito bem!

O Orador: - É conhecido o portuguesismo da gente de Angola, da maior província portuguesa; mas S. Tomé e Príncipe, na pequenez da sua área, saberá vibrar com o mesmo entusiasmo patriótico ao receber o Venerando Chefe da Nação.

Da maneira entusiástica como as populações daquelas duas províncias irão receber S. Ex.ª o Sr. Presidente da República, General Craveiro Lopes, haveremos de oportuna e circunstanciadamente ter conhecimento pela imprensa.

Mas desde já temos de afirmar que o Estado Novo continua a manter o mesmo rumo da política portuguesa, que assim se poderá definir: contribuir cada vez mais para o fortalecimento da unidade nacional.

Para confirmar esta afirmação bastaria lembrar, se outras razoes não houvesse, que é ao Estado Novo que cabe a honra de ter promovido a primeira visita ao ultramar realizada pelo Chefe do Estado, em 1938.

Na verdade, por todas as formas ao sen alcance, preocupa-se o Estado Novo com fortalecer o sentimento da unidade nacional, unindo mais e mais as províncias ultramarinas entre si e estas à metrópole.

Vozes: - Muito bem!

O Orador: - Nesse sentido desejo apenas enunciar: a solidariedade económica; a eliminação gradual das imposições aduaneiras entre o ultramar e a metrópole e entre as diversas províncias ultramarinas; a unidade monetária; a assimilação progressiva dos indígenas; as vi-