sitas ministeriais ao ultramar; assim como dos estudantes, dos professores, da mocidade; as visitas à metrópole da mocidade do ultramar, dos jornalistas, dos velhos colonos, dos régulos e chefes indígenas; as facilidades concedidas ao povoamento europeu nas províncias do ultramar; os empréstimos da metrópole àquelas províncias para execução do Plano de Fomento; a expansão do ensino, educação e cultura tendo em vista o sentido da nossa função civilizadora e da unidade nacional.

Tudo isto nos indica claramente qual tem sido o objectivo principal da política do Estado Novo durante os seus vinte e oito anos de governo e administração a partir do movimento militar do 28 de Maio de 1926.

Não há dúvida de que a Revolução Nacional, ao realizar a sua grandiosa obra de defesa e interesse pelo ultramar, tem seguido a política do mais alto interesse nacional; isto é, tem contribuído para unir fortemente todos os portugueses de aquém e de além-mar pela aproximação, pelas relações de cordialidade, pela igualdade de deveres e direitos, pelas facilidades concedidas de acesso ao nivelamento da cultura e pelas visitas ministeriais e do Chefe da Nação:

Vozes: - Muito bem!

O Orador: - Ainda se mantém na memória de todos como foi recebido em África o nosso saudoso marechal Carmona.

Nativos e metropolitanos, todos os portugueses das províncias ultramarinas visitadas se esforçaram por manifestar o seu contentamento, o seu civismo, o seu inquebrantável patriotismo.

Foi uma prova segura da existência da unidade nacional a maneira apoteótica como as populações receberam o Chefe do Estado.

Pois, Sr. Presidente, essas manifestações entusiásticas e patrióticas vão repetir-se na visita do Sr. General Craveiro Lopes.

A Nação é a mesma que era há dezasseis anos.

A viagem do Sr. General Craveiro Lopes é, acima de tudo, a confirmação do sentimento da unidade nacional que existe em todos os portugueses, sejam quais forem as suas raças e os lugares da terra onde vivam ou fiquem situadas as nossas províncias.

Esta viagem, desejada pelas populações da metrópole e do ultramar, representa a existência da coesão nacional.

A presença do Sr. General Craveiro Lopes na África lusitana irá honrar o esforço tenaz e patriótico dos nossos colonos e representará o abraço fraterno dos portugueses de aquém e de além-mar, a amizade mútua, a igualdade perante a lei e a moral cristã, o acesso ao nivelamento da cultura, o estabelecimento que se fez dos mesmos princípios para a metrópole e para o ultramar ao organizar o grandioso e extraordinário Plano de Fomento Nacional.

Deste lugar saúdo respeitosamente Sua Excelência o Senhor Presidente da República, General Craveiro Lopes, pela sua patriótica decisão, que merece apoio e aplauso de todos os portugueses.

Vozes: - Muito bem!

Estas palavras, Sr. Presidente, reproduzirão para sempre a evocação dos obreiros da grandeza da Pátria, os caminhos imortais da nossa vocação apostólica e civilizadora e a unidade eterna da Nação.

Sr. Presidente: pelo que de muito alto significa a próxima viagem do Chefe do Estado às províncias de Angola e de S. Tomé e Príncipe, faço votos ardentes pelo êxito deste grandioso acontecimento nacional.

Vozes: - Muito bem, muito bem!

O orador foi muito cumprimentado.

O Sr. Presidente: - O propósito do Venerando Chefe do Estado de visitar nos meses de Maio e Junho as nossas províncias ultramarinas de S. Tomé e Príncipe e Angola, anunciado nos jornais de ontem, não pode deixar de encher de contentamento o Pais, pelo alto significado patriótico e político que traduz.

Vozes: - Muito bem!

O Sr. Presidente: - O Sr. Deputado Augusto Cancella de Abreu entendeu, e bem, assinalar nesta Câmara o facto e procurou ser intérprete dos sentimentos da Assembleia a respeito dessa resolução do Venerando Chefe do Estado.

As palavras e às intenções do Sr. Deputado Augusto Cancella de Abreu associou-se também o Sr. Deputado Vaz Monteiro, e eu julgo que a Câmara estranharia que não proferisse daqui algumas palavras correspondentes ao sentimento da Assembleia Nacional, de inteiro aplauso e perfeita compreensão do alcance e do significado que tem essa elevada visão política do Governo e esse alto pensamento do Chefe do Estado de visitar sucessivamente as nossas províncias ultramarinas.

Começa o Chefe do Estado por visitar S. Tomé e Príncipe e Angola, mas a noticia ontem tornada pública diz que, em anos ulteriores, o Chefe do Estado visitará as outras províncias ultramarinas.

Pretende o Chefe do Estado, com inteiro aplauso do País e certamente da Câmara, levar a toda a parte do Império, com a sua presença, o sentimento vivo da unidade da comunidade portuguesa e a afirmação da íntima solidariedade que existe entre todos os membros dessa comunidade, dispersa por todas as partes do Mundo.

Interpretou o Sr. Deputado Cancella de Abreu os sentimentos da Câmara, e eu associo-me, em nome da Assembleia Nacional, às suas palavras e às suas intenções e às do Sr. Deputado Vaz Monteiro, e desde já formulo os melhores votos pelo completo êxito da viagem do Sr. Presidente da República.

Vozes: - Muito bem, muito bem!

O Sr. Urgel Horta: - Sr. Presidente: entre Douro e Minho nasceu Portugal; mas o seu destino histórico levou-o ao alargamento de fronteiras, até ao extremo sul do Algarve. E, mais tarde, o valor da sua gente, num anseio supremo de propagar o nome português através do Mundo desconhecido, lêvou-o à época brilhante dos Descobrimentos e das Conquistas, estendendo o seu vasto Império por todos os cantos da Terra.