Elísio de Oliveira Alves Pimenta.

Ernesto de Araújo Lacerda e Gosta.

Francisco Cardoso de Melo Machado.

Francisco Eusébio Fernandes Prieto.

Gaspar Inácio Ferreira.

Gastão Carlos de Deus Figueira.

Herculano Amorim Ferreira.

Jerónimo Salvador Constantino Sócrates da Costa.

João Afonso Cid dos Santos.

João Alpoim Borges do Canto.

João Luís Augusto das Neves.

João Mendes da Costa Amaral.

Joaquim Dinis da Fonseca.

Joaquim Mendes, do Amaral.

Joaquim de Moura Relvas.

Joaquim de Sousa Machado.

Jorge Botelho Moniz.

Jorge Pereira Jardim.

José Garcia Nunes Mexia.

José Guilherme de Melo e Castro.

José Maria Pereira Leite de Magalhães e Couto.

José dos Santos Bessa.

José Sarmento Vasconcelos e Castro.

José Venâncio Pereira Paulo Rodrigues.

Luís de Arriaga de Sá Linhares.

Luís de Azeredo Pereira.

Luís Filipe da Fonseca Morais Alçada.

Luís Maria Lopes da Fonseca.

Luís Maria da Silva Lima Faleiro.

Manuel Colares Pereira.

Manuel Lopes de Almeida.

Manuel Maria de Lacerda de Sousa Aroso.

Manuel Maria Vaz.

Manuel Marques Teixeira.

Manuel Monterroso Carneiro.

Manuel de Sousa Rosal Júnior.

Manuel Trigueiros Sampaio.

D. Maria Margarida Craveiro Lopes dos Reis.

Mário de Figueiredo.

Paulo Cancella de Abreu.

Pedro de Chaves Cymbron Borges de Sousa.

Pedro Joaquim da Cunha Meneses Pinto Cardoso.

Ricardo Malhou Durão.

Ricardo Vaz Monteiro.

Rui de Andrade.

Sebastião Garcia Ramires.

Urgel Abílio Horta.

O Sr. Presidente: -Estão presentes 89 Srs. Deputados.

Está aberta a sessão.

Eram 16 horas e 28 minutos.

O Sr. Presidente: - Está em reclamação o Diário deu Sessões n.º 32.

O Sr. Melo e Castro: - Sr. Presidente: peço a V. Ex.ª para serem feitas as seguintes rectificações a esse Diário das Sessões: a p. 484, col. 2.ª, 1. 57, onde se lê: «colónia agrícola», deve ler-se: «colónia perpetua», e na 1. 58, onde se lá: «carta de 1846», deve ler-se: «Carta de Lei de 1846».

A p. 485, col. 2.ª, 1. 52, deve acrescentar-se: «opiniões divergentes que V. Ex.ª exprimiu como podendo ser as de pessoas colocadas em divergentes pontos de vista sociais e económicos, não podendo entender-se, evidentemente, que ambas as opiniões coexistem no esclarecido espirito de V. Ex.ª».

O Sr. Presidente: - Visto mais nenhum Sr. Deputado pedir a palavra, considero aprovado o referido Diário das Sessões com as alterações apresentadas.

Deu-se conta do seguinte

Do cónego Dr.º Joaquim Manuel Valente, em nome da comissão promotora da homenagem à memória do cónego Dr. Francisco Correia Pinto, a agradecer ao Sr. Presidente da Assembleia e a esta o terem-se associado à referida homenagem.

Exposições

diminuído, ainda lá encontrávamos o adubo para as terras, os pastos para o gado, extensos olivais e muitos outros produtos que nem exigiam o nosso trabalho: a lenha, o medronho, o carvão, etc.

Éramos um pequeno povo perdido na montanha, inculto e ingénuo, mas bom. Todos formávamos uma grande. família, onde mais que em parte alguma os laços de comunidade existiam. A patenteá-lo lá está o lagar de azeite comum, as vezeiras de gado, o acordo, o chamado, a roda, os covais, a resada, tudo velhas tradições de um povo inofensivo, que a água, para iluminar cidades, vai cobrir ...

Havia ainda na povoação pequenas indústrias caseiras: quarenta mós de farinar o milho, três lagares de preparar azeite, serras de madeira, além de umas seis pequenas casas comerciais.

Mas vem aí a água ... e de um dia para outro tudo ficará submerso: a capela, a pequenina igreja com residência acabada de levantar, as duas escolas, onde, para as consertar, ainda bem recentemente se gastaram duzentos contos.

Vem aí a água ...

No recolhimento das nossas casas nós choramos a dor de perder tudo, até o cemitério, onde tínhamos os nossos mortos. Choramos, mas compreendemos. Ê o progresso !E nós não somos contra o progresso; se ele o exige, que nos levem a aldeia, mas não nos deixem morrer de fome.

E isto que vimos pedir a VV. Ex.ª: não nos deixem morrer de fome !