(ver tabela na imagem)
Nota. - Nos anos de 1938 e 1939 não foram incluídos neste mapa os créditos especiais nas receitas orçamentais, o que se fez agora.
As diferenças para mais nas cobranças começaram a acentuai-se a partir de 1940. Em 1943 o desvio ultrapassou o de 1952; o deste ano foi quase idêntico ao de 1942. Mas as condições financeiras daqueles dois anos foram muito diferentes das de 1952. Estava-se então num período de rápida desvalorização do escudo, como se nota no índice de preços, e houve necessidade de imposições tributárias sobro negócios s actividades inerentes a guerra. Eram, até certo ponto, difíceis as estimativas.
Relação entre as receitas ordinárias e as extraordinárias
Assim, neste aspecto, a gerência de 1952 não avolumou sensivelmente os encargos financeiros. Pôde liquidar quase todas as despesas com recursos ordinários, ou, e em pequeno quantitativo, com recursos que não afectam os encargos da dívida.
Comparam-se no quadro que segue as receitas extraordinárias de 1950,1951 e 1952 e as despesas por elas pagas, em milhares de contos:
(ver tabela na imagem)
No conjunto as receitas ordinárias e extraordinárias somam 5 906 000 contos, números redondos. Se fossem consideradas apenas as que não tracem encargos para o futuro, quer dizer, se não se coutarem os empréstimos, as receitas ordinárias e extraordinárias assumem a forma seguinte:
(ver tabela na imagem)
Já em 1951, e em relação a 1950, houve um aumento de 701 700 contos; neste ano deu-se ainda um acréscimo de 352 600 contos. Nos dois últimos anos as receitas, não contando empréstimos, subiram pois de mais de 1 milhão de contos.
Origem das receitas ordinárias
à anarquia orçamental durante muitos anos. Olhando os números na sua forma absoluta, não se poderá talvez ter ideia bem nítida do seu significado. Será preciso introduzir-lhes as correcções que dêem valor real às cifras, pois que a moeda sofreu grandes variações no longo período sujeito à análise.
Tomando, por exemplo, o ano de 1936 como ponto de partida, nota-se que os impostos directos quase triplicaram; outro tanto aconteceu aos indirectos.
No quadro que segue exprime-se, em conjunto, a evolução dos quantitativos cobrados em todos os capítulos orçamentais.