assim como a sua evolução no período que em geral se considera nos relatórios. Eles dão-nos uma vista de conjunto da matéria tributável.

Organizou-se um quadro respeitante às contribuições predial e industrial s aos impostos sucessório e de sisa, que a seguir se publica:

(Ver quadro na imagem)

Os números exprimem as variações dos rendimentos colectáveis expressos em milhões de escudos no longo período que decorreu desde 1936.

Revelam alguns factos de interesse. Em primeiro lugar, nota-se que os rendimentos colectáveis da contribuição predial urbana ultrapassavam já em 1938 os da contribuição predial rústica. A diferença era pequena menos 8 000 contos. Com o andar dos tempos foi-se alargando essa diferença. Já é superior a 500 000 contos em 1952.

Os rendimentos colectáveis da contribuição industrial aumentaram muito.

O número-índice, na base de 1936, subiu para 224, enquanto que o respeitante à rústica foi apenas de 120 e o relativo à urbana de 185.

Estes factos indicam a necessidade de prosseguir com rapidez nos trabalhos do cadastro geométrico, de modo a repartir com justiça a contribuição predial mística.

Finalmente, os rendimentos colectáveis nos casos dos impostos sucessório e de sisa, que, como se sabe, variam de ano para ano, pondo de lado as taxas, também se firmaram, mas em menor grau no sucessório, onde o índice em 1952 foi de 141. Nos relativos à sisa o índice atingiu neste ano 314.

O problema dos rendimentos colectáveis e das importâncias cobradas será tratado, com maior pormenor, adiante.

Contribuição predial Cobraram-se em 1952, por força do Código da Contribuição Predial e decretos afins, 342 152 contos-mais 15 500 do que no ano anterior.

O aumento não foi grande, até quando se considera a relação com o último ano de pais (1938). Neste caso o acréscimo andou a roda de 118 000 contos. Já se observou acima que o índice da contribuição predial rústica e urbana para os rendimentos colectáveis referido a 1936 foi, respectivamente, de 120 e 185 e que o índice de conjunto se aproximou de 152.

Convém talvez, para melhor elucidação deste problema, que é um dos mais importantes das receitas e tem profundas repercussões na vida económica do País, dar a evolução dos índices dos rendimentos colectáveis em relação

(ver tabela na imagem) O acréscimo nos rendimentos colectáveis urbanos acentuou-se a partir de 1946, mas sobretudo a partir de 1948. Em 1950, 1951 e 1952 a subida foi bastante grande. Os índices devem reflectir o frenesim de construção em Lisboa.

O progresso do índice no caso da contribuição predial rústica foi muito lento e gradual, como mostram os números, apesar dos avaliações cadastrais. Em dezassete anos - de 1936 a 1952 - a subida do índice foi apenas de 20 por cento, o que é certamente muito pouco.

No conjunto os rendimentos colectáveis elevaram-se apenas de 52 por cento, apesar dos grandes capitais in-