Em todos os distritos do País se deu aumento apreciável no número de prédios urbanos. Nalguns casos o número ascendeu a dezenas de milhares.

Nos prédios urbanos foi no distrito do Porto, seguido dos de Lisboa e Castelo Branco, onde se deu maior aumento entre 1936 e 1952. Até certo ponto devem os números mostrar o grau de construção operado no País desde aquela data.

Certos distritos do Norte e do Sul indicam franca actividade construtora. Salientam-se neste aspecto Vila Real, Guarda, Évora, Beja e Viana do Castelo. E possível que alterações nas matrizes tenham influído nos totais, à parte a própria construção de novos prédios; em todo o caso os números duo noção do movimento operado.

Prédios rústicos Seleccionaram-se alguns distritos, de modo a fazer realçar o que acaba do escrever-se e incluíram-se neles também os prédios rústicos:

(ver tabela na imagem) Ainda parece continuar a fazer-se a divisão da propriedade no distrito de Braga, visto o número de prédios em 1952 ser superior no número relativo a 1936.

Mas nos restantes distritos, com excepção do de Portalegre, há menos prédios rústicos do que em 1936. As coisas não melhoraram em relação a 1951 na quase totalidade dos distritos apontados, como se nota a seguir:

(ver tabela na imagem)

Olhando o País no conjunto, encontram-se algumas anomalias interessantes que conviria estudar em maior pormenor.

Nos distritos de Braga e Setúbal aumentaram os números de prédios rústicos, tanto em relação a 1936 como a 1951. Nos distritos de Beja, Bragança, Castelo

Branco, Coimbra, Évora, Guarda, Lisboa, Porto, Viana do Castelo, Viseu e Horta deu-se o contrário: o número de prédios diminuiu. Nos restantes houve, nuns casos, diminuições, noutros, aumentos.

Esta observação mostra algumas incongruências que possivelmente os inquéritos em marcha esclarecerão.

Prédios urbanos Já se aludiu à construção urbana e ao número de prédios urbanos, e verificou-se que em certos distritos houve, na verdade, aumento sensível nos prédios urbanos e que em outros o acréscimo foi muito pequeno no longo período decorrido entre 1936 e 1952.

Para completar o panorama geral e fazer salientar a evolução dos prédios neste aspecto, inserem-se a seguir alguns elementos relativos a certos distritos:

(ver quadro na imagem)

No quadro nota-se grande progresso nos distritos do Porto, Coimbra, Lisboa, Aveiro e Leiria, todos com aumentos superiores a 10 000 prédios em relação a 1936.

Poderiam juntar-se outros distritos, como Castelo Branco, Santarém e Braga, com progresso idêntico. Mas em algumas zonas parece ter progredido pouco o número de prédios, como Évora, Beja, Guarda, Portalegre e outras.

Não se vêem as razões nos elementos analisados.