nómica do Paia, não parece ser exagerado ou de surpreender este desenvolvimento.

No quadro seguinte dá-se a evolução da contribuição industrial liquidada desde 1930-1931, na base da média de liquidação no período de 1930-1931 a 1932-1933 igual a 100:

(ver tabela na imagem)

Nunca há coincidência entre a contribuição que se liquida e a que se cobra. Em 1952 a diferença para menos no cobrado foi de cerca de 10 000 contos, grande parte no grupo C, mas o progresso do que se cobrou em relação ao ano anterior foi sensível - mais 22 500 contos, números redondos.

O aumento da contribuição industrial tem sido contínuo; as diferenças de ano para ano variam. Houve um período, logo a seguir à guerra, em que o seu desenvolvimento foi bastante pronunciado. Afrouxou, porém, nos últimos anos, sobretudo de 1950 para 1951: mas a mais valia de 1952 já subiu uni pouco. Sabe-se a origem da contribuição industrial - dividida por diversos grupos. Já se explicou em pareceres anteriores o significado de cada grupo e os varrições sofridas com o decorrer do tempo. Não vale a pena repetir o que se escreveu.

Dá-se a seguir o rendimento de cada um:

(ver tabela na imagem)

O peso do grupo C acentua-se de ano para ano. O seu rendimento nas cobranças de 1939 pouco passava de 130 000 contos e atinge 413 000 em 1952, cerca de três vezes mais.

O grupo A não progrediu muito, visto nem sequer ter dobrado. Finalmente, o grupo B subiu um pouco em relação ao ano anterior e é sensivelmente igual a três vezes o rendimento de 1939.

O problema da cobrança da contribuição industrial é sério. Podem dar-se graves anomalias no seu lançamento, dada a natureza da matéria tributável. No estudo da remodelação dos impostos actualmente em curso a contribuição industrial precisa de ser vista, não só no que diz respeito a melhor distribuição, como até na possibilidade do seu desenvolvimento. É interessante notar que o número de colectas na contribuição industrial continua a subir. Parece que o comércio e indústria se desenvolvem muito, dado o número cada vez maior dos que se inscrevem.

Assim, em 1938 o número total de - colectas pouco passava de 287 000. Atingia em 1952 mais de 417 000. É verdade que houve um período da guerra no intervalo e que passaram catorze anos; mas, em todo o caso, o aumento foi muito grande. Parece estarem a desviar-se para o comércio pessoas que antigamente se dedicavam a outros misteres.

Pode ver-se a evolução do número de colectas nus cifras que seguem:

(ver tabela na imagem)

A parte a questão do grande desenvolvimento no número de colectas do grupo C, patenteado nos números, há outros aspectos dignos de ser considerados.

Seria, por exemplo, muito interessante saber onde se deu o aumento de actividade útil, caso tivesse havido. Uma vez conhecidas as indústrias e actividades em que se deu aumento, conviria conhecer a sua utilidade produtiva ou social, ou se, na verdade, constituíram alargamento parasitário, isto é, saber se eram, na verdade, necessárias as novas entidades económicas colectadas. Já hoje se publicam com bastante pormenor as importâncias liquidadas pelas actividades industriais e comerciais passivas de contribuição industrial.

Através dos números se pode fazer ideia da sua importância. Comparados com idênticas cifras de anos anteriores, é possível traçar, grosso modo, a evolução de cada actividade colectada.

Dá-se a seguir, para 1952, uma lista de indústrias, comércios, artes e ofícios, com a indicação do número de colectas de diversos grupos:

(ver tabela na imagem)