Estes números, acompanhados das notas que todos os anos os comentam, podem dar ideia de um dos mais importantes capítulos da vida económica nacional.

Nota-se, por exemplo, que a importação subiu apenas de cerca de 415 000 t no decorrer de vinte e três anos. Mas a exportação, a partir de 1950, sofreu grande aumento, por motivos já conhecidos. Em 1949 tinha tonelagem idêntica a 1929 - 1 177 000 contra 1 161 000.

Convém atentar nestes números, ainda mais característicos do que os relativos a valores, influenciáveis pelos preços.

E preciso fazer um grande esforço no sentido de desenvolver a produção interna, tanto para consumo como para exportação. É no último caso a produtividade dos instrumentos de trabalho é necessidade imperiosa. O problema das importações tem sido tratado tantas vezes e em tão grande pormenor nestes pareceres que parece bastarem agora ligeiras considerações sobre ele.

Além disso tem sido hábito em outros escritos oficiais esmiuçarem-no, e o relatório que precede as contas, além dos elementos que se juntam à proposta da Lei de Meios, procura dar pormenores sobre a sua importância. Apenas se farão este ano pequenas referências ao assunto.

No quadro que segue dá-se o resumo habitual da importação:

(Ver quadro na imagem)

Incluem-se apenas os valores e nota-se que a importação de matérias-primas aumentou apreciavelmente, tendo ultrapassado a casa dos 5 milhões de contos.

As matérias-primas de origem vegetal subiram, e também as de origem mineral e metais. Só houve redução nos produtos químicos. Quer dizer: tendeu a agravar-se o abastecimento de matérias-primas.

Consultados os pesos, nota-se terem sido maiores as quantidades importadas de matérias-primas de origem vegetal e menores as de origem mineral e os metais e produtos químicos. Uma das razões é a menor importação de combustível.

Felizmente que vieram de fora menos tecidos e menos substâncias alimentícias, tanto em valores como em peso.

No caso de máquinas, aparelhos e ferramentas, embarcações e veículos houve menor peso importado, mas os valores foram bastante maiores. A diferença para mais atinge 500 000 contos.

As diferenças entre os dois anos considerados nas manufacturas diversas são pequenas no peso e totalizam 140 000 contos nos valores. Na exportação a baixa foi mais séria porque. houve repercussões sensíveis nos preços, visto ser idêntica a tonelagem exportada nos dois anos.

Dão-se a seguir os principais capítulos das exportações:

(Ver tabela na imagem)

Nas matérias-primas a diminuição foi um pouco menos de 300 000 contos, mas o peso exportado foi bem maior - 1 923 000 contra 1 853 000 t em 1951.

Nos fios e tecidos também os valores foram menores da ordem dos 230 000 contos para menos. O peso foi menor.