Desceu muito em relação a 1951 o saldo positivo da balança de pagamentos. Nos números nota-se a influência do ultramar, até na balança do comércio do conjunto da área do escudo. Também é grande a sua influência na balança de invisíveis, principalmente através do pagamento de serviços à província de Moçambique. Os caminhos de ferro de Lourenço Marques e da Beira e os portos das mesmas cidades, além dos salários dos serviçais que trabalham nas minas do Rand, produzem elevadas somas de invisíveis, quase tudo em esterlino.
Uma baixa ainda maior no comércio externo na metrópole e o afrouxamento dos negócios no ultramar podem transformar o saldo positivo em negativo. Já houve, como,- aliás, era de esperar, agravamento sensível entre 1951 e 1952, tanto nos saldos da balança de comércio como no dos invisíveis.
O problema é, pois, dos que requerem grande atenção.
Outros impostos indirectos
(Ver tabela na imagem)
A maior subida deu-se no imposto do selo, que ultrapassou o índice de preços.
A verba que mais avoluma este imposto é a que se refere a valores selados, papel, letras, impressos, extractos de facturas, diplomas de funções públicas, tabaco e isqueiros. O papel selado e as letras produzem as maiores quantias. No caso do selo de verba, num total de 155 000 contos, números redondos, as maiores cifras pertencem a documentos diversos, não discriminados, e a operações bancárias. O selo sobre os produtos de perfumaria e de toucador nacionais e estrangeiros tem-se mantido.
III
(Ver tabela na imagem)
O exame dos cifras indica acréscimos em quase todas. A grande descida, porém, no imposto ferroviário - que passou de 29 140 contos em 1951 para 5 158 em 1952 - reduziu a receita do capítulo no quantitativo acima indicado. Podem dar-se alguns pormenores sobre as diversas indústrias em regime especial.
Deve ter subido, e tem tendências para subir ainda mais, a carteira de seguros, nas suas diversas modalidades, e, por consequência, é natural que esta receita se eleve também, e perceptivelmente.