Caixa ou por disponibilidades que entram no movimento de empresas comerciais ou agrícolas.

Há dificuldade em discriminar o que pertence a cada uma dás rubricas indicadas, e assim não é fácil, por simples exame do quantitativo de depósitos, determinar aqueles que pertencem à poupança. O quadro adiante publicado, que dá a evolução dos depósitos na Caixa Geral desde 1891, mostra o considerável desenvolvimento nos últimos sessenta anos. Para determinar o valor real dos depósitos será necessário introduzir coeficientes de correcção, dadas as consideráveis alterações sofridas pela moeda em tão longo período. Mas um simples ornar aos números mostra logo o grande aumento, até em valores reais.

É curioso verificar que entre 1926, data do Movimento Nacional, e 1952 os depósitos à vista passaram de menos de meio milhão de contos (485 102 contos) a 6 milhões (5 925 060), ou quase doze vezes mais. Abstraindo dos depósitos obrigatórios, numa e noutra data, ainda se pode considerar bastante grande o acréscimo.

Os números são os que seguem:

Depósitos

1943 ................ 3 897 566 Antigamente, antes do início da reorganização financeira, a maioria dos fundos disponíveis da Caixa pode dizer-se que fazia parte da dívida flutuante. As dificuldades do Estado levavam à mobilização desses fundos e era relativamente pequena a interferência da Caixa na economia interna.

A dívida do Estado foi liquidada em tempo oportuno, logo no início da reorganização financeira, quando se procurou extinguir a dívida flutuante, e as relações entre o Estado e a Caixa, neste aspecto, limitam-se hoje à conta corrente entre uma e outra entidade, que ora acusa saldos devedores ora credores, mas sempre por somas relativamente pequenas.

Assim, a quase totalidade dos fundos da Caixa utiliza-se em operações a longo e a curto prazo e em aplicações diversas ou constitui reservas para contingências futuras.

Os empregos de fundos mais importantes constam do quadro seguinte:

(Ver quadro na imagem)

(a) Credora.

Nota-se que a conta corrente com o (Estado tem saldos que nos últimos três anos andam à roda de 50000 a 60 000 contos apenas e que os empréstimos do Estado são pequenos e a sua movimentação se dá quase só no serviço de amortizações.

Nos empréstimos administrativos .incluem-se os das câmaras municipais e juntas de província e de freguesia, mas a quase totalidade refere-se aos primeiros e nestes ocupam posições dominantes as Câmaras Municipais de Lisboa e Porto.

Na obra de reconstrução realizada nos últimos tempos por todo o País, nas grandes cidades como nas pequenas, têm função primordial os empréstimos contraídos pêlos municípios na Caixa, apenas com algumas excepções.

O saldo atingido em 1952 foi o maior até agora observado. Mas esse saldo não corresponde ao crédito concedido, que, se tivesse sido utilizado integralmente durante o ano, elevaria o saldo para quantia superior a 1 milhão de contos.

Muitos municípios, por virtude das próprias circunstâncias que derivam do uso de comparticipações, mantêm-se durante algum tempo em regime de conta corrente com a Caixa, utilizando as disponibilidades na medida em que são precisas ou lhes são concedidas as comparticipações.

Receitas As receitas mantiveram-se em nível semelhante ao do ano anterior, tendo havido acréscimos nas rubricas de títulos, empréstimos administrativos, diversas receitas e conta corrente com a Caixa Nacional de Crédito e diminuições noutras.

Os números são os do quadro que segue.