Pode dar-se a discriminação do gasto de alguns serviços desta Direcção-Geral. A verba mais importante do quadro acima transcrito diz respeito a subsídios, que se distribuem por diversas instituições da Direcção-Geral. Os mais salientes apresentam-se do modo discriminado no mapa seguinte:

(Ver tabela na imagem)

(a) Passou a figurar na Direcção-Geral da Assistência (estabelecimentos hospitalares).

(c) Inclui as despesas com os serviços anti-rábico e vacínico de Coimbra, que figuravam na Direcção-Geral da Assistência.

As modificações de maior relevo, além do caso do hospital mencionado, dizem respeito às atribuições do Centro de Saúde de Lisboa, que passaram para o Instituto Superior de Higiene e Dispensário de Higiene Social de Lisboa.

Nas verbas contabilizadas em centros de saúde, dispensários e outros organismos de saúde há os serviços anti-rábico e vacínico de Coimbra, que figuravam ainda na assistência. Elementos de interesse para o estudo dos serviços de saúde são os que dizem respeito à distribuição dos oficiais de saúde pelo País. Haveria vantagem em relacioná-los por áreas e por habitantes.

Na impossibilidade de estudar o problema neste aspecto, convém ao menos dar os números, por distritos, relativos a médicos, enfermeiros e ajudantes de enfermeiros. São os do mapa seguinte:

(Ver tabela na imagem)

O primeiro facto a apontar é a continuação do aumento de médicos em Lisboa. Ainda subiram em 1952. Eram no ano anterior 2 283, num total de 6 017. Em 1952 somavam 2 352, num total de 6 249. O aumento de um ano para outro foi de 232 médicos no conjunto dos distritos. Em Lisboa o aumento foi de 69.

Há mais médicos em Aveiro (5), Braga (3) Coimbra (82) Évora (8), Lisboa (69), Portalegre (7), Porto (61), Viana do Castelo (3), Vila Real (6), Viseu (9) e Horta (1).

E há menos médicos em Beja (4), Castelo Branco (5), Faro (2), Leiria (3), Santarém (1), Setúbal (4) e Funchal (3).

Manteve-se o número em Bragança, Guarda, Angra do Heroísmo e Ponta Delgada.

O que na verdade surpreende é a continuação do acréscimo de médicos em Coimbra, Lisboa e Porto. Num total de 6 046 no continente, trabalham nestas cidades 4033. Para o resto do País apenas existem 2 013, ou seja cerca de um terço.

Apesar de ser nestas cidades que existem os hospitais centrais e especialmente em Lisboa os diversos serviços de saúde, parece ser demasiadamente pequena a percentagem que exerce funções clínicas no resto do Taís, onde há grande número de hospitais, alguns providos de aparelhagem moderna.

Como se notou acima, o aumento do número de médicos em dois anos foi de 230, e destes vieram para os três distritos mencionados 212, deixando pouco mais de 100 para o resto do País.

Este assunto necessita de ser encarado de modo a melhorar a assistência médica na província.

Assistência pública Em 1952 a despesa da assistência pública atingiu 262 300 contos - números redondos. Partira-se, em 138, de 80 574 contos. Os números mostram pois uma subida superior ao coeficiente de desvalorização da moeda.

Eram tão precárias as condições de assistência e de saúde no País que, apesar do grande esforço feito, ainda há necessidade de o melhorar. Não é apenas o problema da saúde, ou, antes, da assistência hospitalar, que constitui tarefa ou função desta Direcção-Geral. Incluem-se nela instituições de assistência importantes, que necessitam de maiores verbas, de modo a prestarem maiores auxílios.

Os números da despesa foram os do mapa que segue.