É de lamentar que as verbas de material não melhorem. Parece bastante diminuta a que consta do quadro.

E a intensificação do ensino experimental nos liceus é, sem dúvida, uma necessidade urgente.

Ensino técnico elementar e médio O desenvolvimento da despesa acusado pelas contas neste ensino pode verificar-se da comparação das cifras de 1938 e 1952, respectivamente 20 483 e 61 913 contos, cerca de três vezes mais em 1952.

A sua distribuição por escolas pode ler-se no quadro que segue, em contos:

As verbas são superiores em geral às de 1951 e no conjunto deu-se um aumento da ordem dos 6 000 contos, que teve lugar principalmente nas despesas comuns às escolas industriais e comerciais. Esta dotação é de todas a que mais tem subido, como mostram os números.

Além da despesa inscrita no quadro, há a acrescentar o custo das obras, realmente importantes, que vêm a ser executadas pelo Ministério das Obras Públicas - tanto na construção de novos edifícios como na da adaptação de alguns existentes. Já atrás se deu nota do quantitativo da despesa em 1952.

Os números mostram que o custo total do ensino técnico, agrícola, comercial e industrial, incluindo o superior, foi de menos de 80 000 contos.

Podem resumir-se as diversas classes de ensino numa única tabela, de modo a observar-se o custo de cada uma:

As verbas mais importantes referem-se ao ensino nas escolas comerciais e industriais (47 730 contos), seguidas das do ensino superior e ensino médio agrícola (escolas de regentes agrícolas).

O ensino prático-agrícola quase não conta na despesa (l 211 contos), o que é, na verdade, de surpreender.

De facto, uma das maiores necessidades do País é o aumento da produtividade agrícola. E, embora se gastem algumas verbas nos campos experimentais e postos de regadio, e outros no Ministério da Economia, não parece ser suficiente o que se está agora a realizar no sentido de melhorar a produtividade. Deveria ser considerado com urgência este aspecto da vida económica nacional. . Na tabela seguinte resume-se o custo de cada modalidade de ensino agrícola:

Ensino primário Em 1952 havia 8 743 escolas e 3 258 postos de ensino primário, além de 831 estabelecimentos de ensino primário particular.

O número total de alunos subia a 690 398, dos quais 639 344 cursavam escolas oficiais (diurnas e nocturnas), 33 990 escolas particulares e de ensino doméstico e 17 064 escolas regimentais. Cotejando estes números com os de anos anteriores, observa-se melhoria apreciável. Parece estar a dar-se um passo importante na redução das taxas do analfabetismo.

Havia em 1952 mais agentes de ensino primário. Os professores eram 12 139 e os regentes 3 5476. O que há de mais sério, porém, é a progressiva redução nos

agentes do sexo masculino. Assim, havia apenas 2 525 professores e 140 regentes, ao todo 2 665 homens, num total de 15 685. professores e regentes.

Esta pequena percentagem deve provir naturalmente da baixa remuneração das funções. Aumentou bastante em 1951 a despesa do ensino primário, que somou 221 756 contos. Esta cifra pode comparar-se com 98 310 em 1938. O índice-número é, pois, de 226, inferior à desvalorização da moeda.

Como é natural, o maior aumento deu-se no ensino primário propriamente dito, mas as escolas do magistério primário triplicaram a sua despesa, por terem sido criadas algumas em diversos distritos.

Os números são os que seguem, em contos.