Com as razões dadas acima é possível conhecer agora a aplicação do fundo de reserva, a seguir discriminada:

(Ver Quadro na Imagem).

Mantiveram-se os títulos em carteira e subiram o empréstimo ao fundo de 1.° estabelecimento e as disponibilidades em caixa. Os recursos financeiros para o desenvolvimento dos correios, telégrafos e telefones têm origem em recursos próprios, desviados, em última análise, das receitas ordinárias, è em empréstimos.

O Estado concedeu até hoje duas séries de empréstimos. A primeira foi totalmente amortizada por conta da despesa ordinária e por força do fundo de reserva. Este último, que adiantou 41476 contos para amortização do empréstimo do Estado, 1.ª série, foi reembolsado em 1943 e 1944.

A 2.ª série, autorizada até ao montante de 319300 contos, a levantar durante dez anos, a 3 1/4 por cento, e a liquidar em quarenta anos, a partir de 1953, pode também ser amortizada antecipadamente. Utilizaram-se até ao encerramento da conta 316628 contos-menos 2 672 do que o autorizado.

A maior parte dos empréstimos contraídos e parcialmente reembolsados foi utilizada em instalações telegráficas e telefónicas (cerca de 75 por cento) e em edifícios (perto de 20 por cento), e o saldo (5 por cento) em material e diversos.

Entre 1937 e 1952 o número de postos telefónicos aumentou de 17 156 para 67 576, o que elevou a densidade telefónica para 2,2 (por 100 habitantes), sendo de 0,5 em 1937. A revisão de taxas de 1948 conduziu a melhoria apreciável na vida- financeira deste organismo. Foi possível anular os grandes deficits de 1947 e 1948 e obter saldos que, embora pequemos a princípio, atingiram perto de 14 000 contos em 1952.

Ao mesmo tempo reforçou-se bastante o fundo de reserva e gastaram-se somas apreciáveis por intermédio do fundo de 1.° estabelecimento.

A Administração tem agoira encargos fixos de amortização e juros devidos ao Estado, no total de cerca de 14000 contos por ano. Além disso, utilizou em 1.º estabelecimento verbas importantes do fundo de reserva.

Os serviços, tanto dos correios como dos telefones, ainda precisam de ser melhorados. A densidade é pequena e o muito que resta fazer é menos rendoso do que o que já há feito. Ë natural que se desenvolva a intensidade do tráfego com a abertura de novos postos em localidades de menor importância, mas o coeficiente de rendimento não aumentará em proporção.

Parece tornar-se necessária uma política de compressão de despesas, de modo a assegurar o equilíbrio financeiro, e a utilização de verbas no aperfeiçoamento dos serviços. Dá-se a seguir, como habitualmente, um mapa que indica a utilização dos empréstimos no longo período que decorreu até fins de 1952, onde se indicam as somos gastas em cada ano:

(Ver Quadro na Imagem).

Desde 1937 gastaram-se somas avultadas, principalmente em instalações telegráficas e telefónicas.

Os números são apresentados em escudos de cada ano.

Seriam muito maiores se fosse aplicado o coeficiente de desvalorização da moeda. Finalmente publica-se a seguir um mapa que mostra o destino das verbas gastas em edifícios:

(Ver Quadro na Imagem).

(Ver Quadro na Imagem).