As obras e instalações financiadas por ente fundo são variadas.
Em obras LÁ a considerar a regularização da margem direita entre o Foço do Bispo e a Matinha (6132 contos), em parte financiadas também pelo plano de melhoramentos; a construção da ponte-cais da Matinha (4619 contos); a cobertura do caneiro de Alcântara (3 528 contos), e uma parte do Aeroporto Marítimo de Lisboa (2 160 contos).
Nos edifícios incluem-se: estações marítimas (8823 contos); armazéns e terraplenos da doca de Alcântara (8 332 contos); abrigos para mercadorias (2 304 coutos), e diversos outros edifícios.
O gasto em várias pavimentações foi de 2412 contos e 494 em vias férreas. Em instalações diversas utilizaram-se 834 contos, dos quais 200 na construção do Espelho de Agua em Belém.
Para financiamento do plano de melhoramentos desviaram-se 35 000 contos.
O plano e o fundo de melhoramentos, na que respeita a obras, confundem-se. Há obras ou instalações financiadas pelas receitas de ambos. Talvez houvesse conveniência em evitar a confusão que se pode estabelecer quando se procura conhecer o custo de cada obra ou instalação.
Movimentação de mercadorias
A carga marítima, que tem muito mais interesse, dado o seu grande volume, relativamente às outras, distribuiu-se como segue noa dois últimos anos:
(Ver Quadro na Imagem).
O aumento deu-se, sobretudo, na carga embarcada (saída), quer dizer, na exportação.
É interessante marcar a importância do porto de Lisboa no comércio especial para consumo. Notar-se-á facilmente nos números que seguem, que mostram a função do porto na actividade nacional.
O seu movimento ultrapassa por muitos milhões de toneladas o do resto do País.
O comércio especial, de importação e exportação, atingiu em 1952, em peso, 5 069 844 t, correspondentes a 16786 630 contos. Ao porto de Lisboa coube o seguinte:
(Ver Quadro na Imagem).
A parte que coube ao porto de Lisboa foi de cerca de 64 por cento em peso e de 60 por cento em valor.
Quanto a passageiros do alto mar, embarcados, desembarcados e em trânsito, houve um relativamente apreciável número em 1952, com 263 794 pessoas. Em 1951 idêntico número fora de 222 589.
Este movimento, em relação ao conjunto do País, justifica o interesse que tem sido dado a este porto.
Há uma obra importante que deveria ter sido considerada há bastante tempo, que é o complemento da 2.ª secção entre a Bocha e o Terreiro do Paço.
Parece ser difícil o trabalho, dada a natureza do fundo do Tejo e a constituição geológica. A obra, porém, rouba ao estuário do rio área bastante grande, num local onde os terrenos são muito valiosos e bem localizados em relação ao centro da cidade.
O assunto foi estudado já com muito .pormenor nestes pareceres e não vale a pena repetir o que então se disse sobre futuras instalações dos serviços públicos e possível ligação do ca minho de ferro do Estoril com Santa Apolónia, através da zona roubada ao Tejo ou à sua margem.
Administração doa Portos do Douro e Leixões
O seu movimento,, reduzido a tonelagem bruta, anda à roda de 2 700 000 t (2 778 302 t em 1952), das quais cerca de um pouco mais de um quinto pertence ao porto do Douro.
Em 1952 o total de mercadorias embarcadas e desembarcadas atingiu 1 178 000 t - sensivelmente a mesma que no ano anterior.
A maior parte dos navios que frequentam o porto do Douro é portuguesa.
Em 1952, num total de 838 navios nacionais e estrangeiros entrados no porto do Douro, 482 eram nacionais e 356 estrangeiros.