(Ver Quadro na Imagem).

Verifica-se que as despesas são muito inferiores às receitas. Os saldos destinam-se, na sua quase totalidade, à constituição de reservas, sobretudo nas caixas sindicais e de previdência, e a diversos outros fins, como se notará adiante.

Quanto ao número de organismos que o quadro também indica, nota-se haver mais cinco sindicatos em actividade. O número de Casas do Povo manteve-se, por ter sido extinta uma durante o ano. Há igual número de Casas dos Pescadores e mais uma caixa de reforma ou previdência.

O distrito com mais Casas do Povo é o de Braga: 97 em actividade, num total de 100. Vêm a seguir Beja e Portalegre. Existem ao todo, em actividade, 579 Casas do Povo, com 248 880 sócios efectivos, 144 710 contribuintes, 1 652 protectores e 52 benfeitores.

Receitas As receitas dos diversos órgãos corporativos e de previdência, discriminadas com certa minúcia por origens, foram:

(Ver Quadro na Imagem).

Nas caixas sindicais e de reforma as receitas foram essencialmente de sócios beneficiários, quotizações e constituintes. Começam, porém, já a tomar vulto importante os rendimentos próprios. O aumento de receita nesta rubrica há-de ser muito grande, dado o volume de capitais desviados anualmente para a inversão em diversos fins de rendimento, como prédios, títulos do Estado e de várias empresas, casas económicas e outros. As despesas mais importantes referem-se â assistência médica, subsídios e pensões, mas as respeitantes a pessoal e administração, inscritas abaixo na primeira coluna, têm também volume grande.

No quadro seguinte enumeram-se, em síntese, as despesas dos diversos organismos:

(Ver Quadro na Imagem).

Nas caixas sindicais o abono de família é a despesa mais avultada - 167 129 contos -, seguida pela comparticipação dos organismos nos serviços médico-sociais - 48 230 contos.

Vêm deporá os subsídios e a administração, atingindo esta última 39 275 contos.

Nas caixas de reforma ou de previdência, com despesas totais de 323 441 contos, as pensões de invalidez, reforma por velhice e de sobrevivência somam 77 432 contos. Os subsídios, que incluem o abono de família, com 108 606 contos, elevaram-se a 134 778 contos.

A simples enunciação das receitas e despesas indica a importância financeira das caixas de reforma e a sua possível influência nos investimentos nacionais.

As receitas das caixas constituem, em grande parte, poupança forçada. Pode ser um meio eficaz de desenvolvimento económico para fins sociais. Um dos grandes problemas financeiros nos próximos anos há-de ser o que diz respeito à gradual acumulação dos fundos das caixas de previdência - as sindicais e as de reforma e previdência.

Umas e outras já possuem uma carteira de fundos considerável, que cresce todos os anos e que já exerce acção no mercado dos capitais.