Que as restantes receitas extraordinárias consistiram em 68:842.154540 de fundos de contrapartida do auxílio americano e 3:000.000$ de reembolso de um adiantamento às províncias ultramarinas;

6) Que as despesas totais pagas se elevaram a 5.851:789.468$90;

7) Que as despesas ordinárias foram superiores às da anterior gerência e alcançaram a soma de 4.513:910.520$30;

8) Que as despesas extraordinárias atingiram o alto nível de 1.337:878.948$60;

9) Que as despesas extraordinárias foram pagas em grande parte por volumosos excessos de receitas sobre despesas ordinárias;

10) Que as receitas ordinárias cobriram amplamente idênticas despesas e ainda permitiram a liquidação de todas as despesas extraordinárias, com excepção de apenas 98:070.111650 de receitas extraordinárias, cobradas, incluindo empréstimos;

11) Que o saldo da gerência, depois de satisfeitos todos os encargos orçamentais, somou 54:321.684$95: tem a honra de submeter à aprovação da Assembleia Nacional as seguintes bases de resolução: A cobrança das receitas públicas durante a gerência decorrida entre 1 de Janeiro e 31 de Dezembro de 1952 foi feita de harmonia com os termos votados pela Assembleia Nacional;

b) As despesas públicas, tanto ordinárias como extraordinárias, foram efectuadas nos termos da lei;

e) O produto de empréstimos teve a aplicação estatuída no preceito constitucional;

d) Foi mantido durante o ano económico o equilíbrio orçamental, como dispõe a Constituição, e é legítimo e verdadeiro o saldo de 54:321.684$95 apresentado nas Contas Gerais do Estado relativas ao ano de 1952.

António Calheiros Lopes.

João Luís Augusto das Neves.

José Sarmento de Vasconcelos e Castro.

José Dias de Araújo Correia, relator. Alguns inquéritos organizados sob a égide do Instituto Nacional de Estatística e outros organismos têm trazido à superfície elementos interessantes «obre certos aspectos das condições económicas e sociais do Pais. Podem também servir Tratou-se longamente nos pareceres do problema da energia. Gastaram-se somas elevadas em empresas destinadas a resolvê-lo. Não se procurará este ano voltar ao assunto. Os factos já vieram ampla e dolorosamente demonstrar os acertos de algumas conclusões a que haviam chegado os pareceres das contas em anos sucessivos de investigação.

Tratou-se do problema das indústrias e fizeram-se largas considerações sobre a sua delicadeza, tanto no aspecto financeiro como no económico, e algumas iniciativas pouco felizes mostraram a delicadeza e complexidade de uma questão que, para ser convenientemente tratada, necessita de considerar, não o mero e simples aspecto da produção, mas outros ligados à técnica, à produtividade, aos custos, à mão-de-obra, à localização, a mil pequenos factores que são essenciais num processo económico, delicado e complexo. Não os considerar é possivelmente condenar a insucesso empresas que talvez pudessem assentar em bases sólidas e úteis para a. comunidade.

Parece haver quem julgue que levar em conta os diversos aspectos do estudo de empreendimentos, sejam eles de natureza económica ou outra, atrasa a sua execução. E uma doutrina falsa e perigosa no estado actual das ciências económicas e aplicadas. Segui-la pode levar à ruína, assim como pode ser desastroso pretender fazer