Em «Renda e parceria» estão incluídos subarrendamentos ; e as explorações agrícolas mistas compreendem conta própria, renda e subarrendamento; conta própria e parceria; renda ou subarrendamento e parceria, e conta própria, subarrendamento e parceria.

Os números dizem que as explorações por conta própria no Algarve e no Ribatejo atingem uma percentagem alta (73 por cento do total) e que no Alto e Baixo Alentejo ela desce para cerca de 56 por cento.

Há nítido aumento no número de explorações agrícolas por conta própria no Algarve e no Ribatejo, mas não se deve deixar de ter presente que no Ribatejo se incluem os concelhos a norte do Tejo que fazem parte da província e onde o regime é bastante diferente do sul.

For isso, para melhor examinar a estrutura da região a sul do Tejo, talvez haja vantagem em analisar os números referentes aos distritos:

Explorações agrícolas segundo a forma de exploração

(Ver Quadro na Imagem).

(a) Concelhos de Vila Franca de Xira e Azambuja.

(b) Não se inclui Vila de Ourém e Mação.

(c) Concelhos de Alcácer do Sal, Grândola, Santiago do Cacém e Sines.

Em três distritos os de Beja, Évora e Portalegre - as explorações agrícolas por conta própria são ligeiramente superiores a 50 por cento do total, respectivamente 57,55- e 54 por cento. Nos outros, incluindo os concelhos do sul do distrito de Setúbal, a percentagem é maior, em especial nos de Faro, Santarém e Lisboa. Merece reparos a estrutura agrícola a sul do Tejo sobretudo nos três distritos mencionados -, onde metade ou pouco mais das explorações agrícolas é explorada directamente por conta própria, sendo o resto, em forma mista, ou renda e parceria.

É de notar que no número de explorações se encontram prédios grandes e pequenos o inquérito abrange toda a gama de explorações, que vai de áreas inferiores a 2 500 m2 até 20 000 ha.

Gomo se verificará mais adiante, para o caso de culturas arvenses, grande parte das explorações pequenas são exploradas por conta própria. É de crer que no caso de outras culturas a percentagem seja bem maior.

Assim, as cifras são viciadas pelo número de pequenas explorações.

A diminuição das explorações agrícolas por conta própria nota-se sobretudo nas largas áreas. No distrito e Portalegre: em 382 explorações de cultura arvense, entre 50 e 100 ha, apenas 152 se faziam por conta própria; em 115, entre 500 e 1 000 ha, apenas 40 eram e co nta própria; em 11, entre 2 500 e 5 000 ha, apenas 2 eram por conta própria, e, finalmente, em 3 acima de 5 000 ha, nenhuma era explorada por conta própria.

A primeira impressão que se colhe dos números é de que a forma de exploração que prevalece em grande parte da área é a do arrendamento, parceria ou mista.

Mas se forem examinados em maior pormenor os resultados do inquérito nota-se que o arrendamento ou subarrendamento deve prevalecer sobre as outras formas de exploração por conta alheia ou mistas. A pergunta que ocorre a quem desejar aprofundar este problema da forma de exploração da propriedade agrícola é a seguinte:

Quais as áreas a sul do Tejo exploradas por conta própria, por arrendamento ou parceria, ou em forma de exploração mista?

Não pôde o inquérito levar o exame até este pormenor, aliás muito importante, pelo desconhecimento da grandeza das áreas totais exploradas. Mas, para obviar de qualquer modo aos inconvenientes da falta deste importante elemento, procedeu-se ao estudo das áreas sujeitas a culturas arvenses, com o auxílio das brigadas agrícolas, do conhecimento das sementeiras em cada ano e durante certo número de anos, além dos dados fornecidos pêlos inquiridores, entidades independentes em contacto directo com o agricultor.

Obtiveram-se por este modo resultados que exprimem, para o total da zona em estudo e para áreas pequenas e grandes, o número de explorações por classes de extensão de cultura arvense e forma de exploração.

E esto um elemento precioso, dado que em toda a vasta zona a sul do Tejo predomina a cultura arvense.

Na verdade, o número de explorações com cultura arvense atinge nalguns distritos a quase totalidade, como se poderá notar nos números que seguem:

Explorações agrícolas - Cultura arvense

(Ver Quadro na Imagem).

(a) Concelhos de Vila Franca de Xira e Azambuja.

(b) Não se inclui Vila Nova de Ourém e Mação.

(c) Concelhos de Alcácer do Sal, Grândola, Santiago do Cacém e Sines.

O conhecimento das áreas totais sujeitas a culturas arvenses e a sua forma de exploração dar-nos-á imediatamente uma ideia da forma de exploração das áreas a sul do Tejo, visto ser pequeno o número e a área de explorações sem aquelas culturas.

Só é possível obter elementos aproximados, em face das respostas obtidas. Mas eles são da ordem de grandeza que permite ideia sobre a realidade e basta uma ideia geral no caso presente.

Pode fazer-se o estudo de todas as áreas inquiridas, concelho por concelho, e assim determinar o número e área das explorações agrícolas em culturas arvenses e sua forma de exploração: se por conta própria, renda ou subarrendamento, parceria ou em regime misto. Neste distrito notam-se grandes diferenças entre concelhos, porque a sua posição geográfica parece que influi na forma de exploração.

No quadro seguinte dá-se nota da forma de exploração nos concelhos do distrito.