O exame do quadro mostra que em Santarém se modificam bastante as formas de exploração. Predomina a conta própria, havendo casos, como em Alcanena, com cerca de 90 por cento, que assumem esta forma.

Nota-se a transição entre o norte e o sul, com algumas excepções. Em Almeirim, Benavente, Golegã e Salvaterra de Magos menos de metade das explorações são de conta própria. Mas «m Alpiarça ela predomina.

A parceria é uma forma de exploração de certo peso nalguns concelhos.

Na parte norte do distrito a conta própria predomina em todos os concelhos, com excepção da Golegã. Há até casos notáveis neste aspecto, como o do Entroncamento, Rio Maior, Sardoal, Torres Novas, Barquinha « outros, em que esta forma de exploração é a regra.

III

Áreas de cultura arvense segando a forma de exploração da terra Na impossibilidade de poder fazer um estudo minucioso de todas as províncias inquiridas, procurou-se determinar, para um distrito, concelho por concelho, a forma de exploração da terra para as áreas sujeitas a culturas arvenses.

A quase totalidade da área do distrito é usada em culturas desta natureza.

Assim, o cômputo das áreas por concelhos, neste cultura e forma de exploração, dá uma ideia aproximada das condições agrícolas das diversas regiões do distrito.

Seria ainda vantajoso considerar outros factores além dos meios de trabalho, como, por exemplo, os efectivos pecuários e o tipo de construções para uso agrícola silos, nitreiras, celeiros, armazéns e outros -, e tudo pode ser verificado nos resultados do inquérito.

Limitar-nos-emos, por agora, ao estudo da estimativa das culturas arvenses e formas de exploração. A área total do distrito de Portalegre é de 613 000 ha, números redondos, dos quais 417069 em cultura arvense. Quer dizer: estão sujeitos perto de 70 por cento a esta cultura.

As áreas em cultura arvense dividem-se por 14 476 explorações agrícolas, num total de 15 696. Há, assim, apenas 1220 explorações sem este tipo de cultura.

Examinada a forma de exploração, verifica-se haver 608 explorações com áreas superiores a 100 ha, assim distribuídas:

Explorações agrícolas por classes de extensão da cultura arvense

(Ver Quadro na Imagem).

Notou-se ainda que a área total das explorações até 100 ha era de cerca de 100 000 ha.

A coluna das áreas, relacionada com a grandeza das explorações, dá ideia do regime de propriedade.

Poderá notar-se que existe grande propriedade em Alter do Chão, com dez explorações superiores a 1000 ha, Elvas, Monforte e outros concelhos.

Comparando agora estes números com os já dados anteriormente para a forma de exploração, esclarece-se melhor ainda o regime em que vive a propriedade no distrito.

Distrito de Évora A superfície do distrito de Évora atinge cerca de 739 000 ha. Os maiores concelhos são os de Montemor-o-Novo e Évora.

Há trinta e uma explorações agrícolas com áreas individuais superiores a 2 500 ha e em seis a área é maior do que 5 000 ha.

Apenas três concelhos não têm explorações agrícolas com área acima de 2 500 ha: Alandroal, Montemor-o-Novo e Borba. E neste último onde a área das explo-