Ernesto de Araújo Lacerda e Costa.

Francisco Cardoso de Melo Machado.

Gaspar Inácio Ferreira.

Gastão Carlos de Deus Figueira.

Henrique dos Santos Tenreiro.

Herculano Amorim. Ferreira.

Jerónimo Salvador Constantino Sócrates da Costa.

João Afonso Cid dos Santos.

João Alpoim Borges do Canto.

João Luís Augusto das Neves.

João Mendes da Costa Amaral.

Joaquim Mendes do Amaral.

Joaquim de Pinho Brandão.

Joaquim de Sousa Machado.

Jorge Botelho Moniz.

Jorge Pereira Jardim.

José Dias de Araújo Correia.

José Garcia Nunes Mexia.

José Gualberto de Sá Carneiro.

José Maria Pereira Leite de Magalhães e Couto.

José Sarmento Vasconcelos e Castro.

José Venâncio Pereira Paulo Rodrigues.

Luís de Azeredo Pereira.

Luís Maria Lopes da Fonseca.

Manuel Colares Pereira.

Manuel Lopes de Almeida.

Manuel de Magalhães Pessoa.

Manuel Maria de Lacerda de Sousa Aroso.

Manuel Maria Vaz.

Manuel Marques Teixeira.

Manuel Monterroso Carneiro.

Manuel de Sousa Rosal Júnior.

Manuel Trigueiros Sampaio.

D. Maria Margarida Craveiro Lopes dos Reis.

Mário Correia Teles de Araújo e Albuquerque.

Mário de Figueiredo.

Pedro de Chaves Cymbron Borges de Sousa.

Ricardo Voz Monteiro. Rui de Andrade.

Sebastião Garcia Ramires. Teófilo Duarte.

Urgel Abílio Horta.

O Sr. Presidente: - Estão presentes 77 Srs. Deputados.

Está aberta a sessão.

Eram 16 horas e õ minutos.

O Sr. Presidente: - Vai ler-se o

Exposição

De alguns operários da fábrica da Caca, Moreira do Cónegos, Guimarães, quo dizem interpretar o sentir dos restantes camaradas de trabalho, no sentido de obterem uma melhor distribuição de trabalho.

O Sr. Presidente: - Estão na Mesa os elementos fornecidos pelo Secretariado Nacional da Informação, Cultura Popular e Turismo em satisfação do requerimento apresentado pelo Sr. Deputado Elísio Pimenta. Vão ser entregues ao mesmo Sr. Deputado.

Tem a palavra antes da ordem do dia o Sr. Deputado José Sarmento.

O Sr. José Sarmento: - Sr. Presidente: desejo chamar a atenção da Assembleia e do Governo para a gravíssima crise que atravessa a região demarcada dos vinhos generosos do Douro e que se repercute de uma maneira muito sensível sobre a economia da Nação e muito era particular sobre a da cidade do Porto. Ainda há bem poucos dias os Srs. Deputados Melo Machado, António Rodrigues, Urgel Horta e Alberto de Araújo, nos quais presto aqui as minhas homenagens, se referiram à crise vinícola que se esboça nas diferentes regiões agrícolas.

Cabe-me agora, como Deputado pelo círculo de Vila Real, no sul do qual se encontra a maior parte da região demarcada, assim como a vila da Régua, sua capital, apresentar à Assembleia e ao Governo n situação angustiosa em que esta se encontra.

Poder-se-ia inferir das palavras proferidas nesta Assembleia pelo Sr. Deputado Melo (Machado a respeito do plantio da vinha da segunda zona que na região demarcada dos vinhos generosos do Douro (única onde se produz o chamado vinho do Porto) a crise não e tão grande como parece.

O Sr. Melo Machado: - Não quis afirmar senão o paradoxo de se estar a plantar mais vinha numa região onde havia uma crise grave.

demarcada que menos se planta; e se ainda se planta alguma vinha é porque nesta região nada mais se pode plantar.

Bem sei que números e estatísticas não são do especial agrado da Assembleia. No entanto, não posso deixar de os utilizar, para mais concretamente poder caracterizar a situação a que se encontra hoje reduzida a região demarcada. Representando por 100 o volume médio da exportação de vinho do Porto no período 1926-1929, a exportação média anual no período 1950-1953 é representada pelo número 53.. Isto é: grosso modo, exporta-se hoje aproximadamente metade do que se exportava há uns vinte anos. Estes números ainda se tornam mais expressivos se os compararmos com os correspondentes à exportação de vinhos comuns, que passou, nos mesmos períodos, de 100 a 151. Enquanto a exportação dos vinhos comuns aumenta de 50 por cento, a exportação dos vinhos do Porto reduz-se a metade.

Esta terrível crise de exportação teria originado, em pleno período de economia liberal : no Douro, o abandono total das vinhas, com as suas imediatas repercussões económico-sociais; no Porto, a ruína completa do outrora tão próspero comércio dos vinhos do Porto. A actual organização, por intermédio do Instituto do Vinho do Porto, Casa do Douro e Grémio dos Exporta-