Elas têm dado resultados positivos, e a conta de 1952 acusa o saldo de 2:417.185,49. Mas, Sr. Presidente, é preciso esclarecer que Timor para equilibrar os seus orçamentos precisou de subsídios, que lhe foram concedidos por outras províncias ultramarinas, nas seguintes importâncias:

Como se vê, à medida que Timor se vai reconstituindo, necessita cada vez de menor subsídio; e supõe-se que a partir de 1955, a província já possa viver dos seus próprios recursos.

A sua reconstituição é um facto registado no movimento do seu comércio externo.

(ver tabela na imagem)

O saldo negativo da balança de pagamentos tem vindo a decrescer anualmente. O valor da importação mantém-se, mas a exportação tem aumentado de volume e de valor.

Os principais produtos de exportação - café (Arábica, Libéria e Robusta), copra e borracha - figuram com as seguintes quantidades e valores em 1950, 1951 e 1952:

(ver tabela na imagem)

A reconstituição de Timor é difícil, mas faz-se, embora lentamente.

A situação da tesouraria em 31 de Dezembro de 1952 (metal e notas) computava-se em $ 4:605.186,61.

Pelos índices que acabei de apontar é de presumir que a província dentro de alguns anos possa viver por si, que o equilíbrio da balança de pagamentos se restabeleça, que se liquidem pesados encargos do passado, e a prosperidade de Timor evidenciar-se-á então mais acentuadamente.

E tanto mais será de presumir que assim sucederá se atendermos ao notável esforço da administração pública desenvolvido ultimamente em Timor, conforme nos deu conhecimento da sua recente observação directa o nosso ilustre colega Sr. Prof. Dr. António de Almeida.

Vou terminar -e já não é sem tempo- a minha análise sumária, muito superficial, as contas de exercício das oito províncias ultramarinas.

A V. Ex.a, Sr. .Presidente, agradeço Ter-me concedido estar no uso da palavra para além do tempo regimental.

Também ag radeço a V. Ex.a, Sr. Engenheiro Jorge Jardim, as suas considerações e a preciosa indicação de que o fomento mineiro de Moçambique está incluído no Plano de Fomento.

A V. Ex.a, Sr. Dr. Pacheco Jorge, agradeço o esclarecimento que nos prestou sobre o problema da nova moeda posta a circular em Macau.

E a VV. Ex.as, Srs. Deputados, agradeço a atenção com que me escutaram e peço desculpa da minha falta de clareza e, sobretudo, da minha insuficiência em matéria tão importante e até delicada.

Não apoiados.

Tenho dito.

Vozes: -Muito bem, muito bem!

O orador foi muito cumprimentado.

O Sr. Presidente: - Vou encerrar a sessão.

A próxima é na segunda-feira, à hora regimental, com a mesma ordem do dia da de hoje.

Está encerrada a sessão.

Eram 19 horas e 30 minutos.

Srs. Deputados que entraram durante a sessão:

André Francisco Navarro.

António Calheiros Lopes.

António Camacho Teixeira de Sousa.

Joaquim Dinis da Fonseca.

Manuel Maria Múrias Júnior.

D. Maria Leonor Correia Botelho.

Ricardo Malhou Durão.

Srs. Deputados que faltaram à sessão:

Abel Maria Castro de Lacerda.

Alberto Cruz.

António Bartolomeu Gromicho.

António Russell de Sousa.

Augusto César Cerqueira Gomes.

Baltasar Leite Rebelo de Sousa.

Carlos de Azevedo Mendes.

Carlos Mantero Belard.

Ernesto de Araújo Lacerda e Costa.

Francisco Eusébio Fernandes Prieto.

Gaspar Inácio Ferreira.

João da Assunção da Cunha Valença.

João Cerveira Pinto.

João Mendes da Costa Amaral.

Joaquim de Moura Relvas.

Joaquim de Sousa Machado.

José Gualberto de Sá Carneiro.

José Guilherme de Melo e Castro.

José Sarmento Vasconcelos e Castro.

Luís de Azeredo Pereira.

Luís Filipe da Fonseca Morais Alçada.

Luís Maria Lopes da Fonseca.

Luís Maria da Silva Lima Faleiro.

Manuel Cerqueira Gomes.

Manuel Colares Pereira.

Manuel Lopes de Almeida.

Manuel Trigueiros Sampaio.