iniciada se continuará e ampliará, servindo os superiores interesses que em África estão confiados às duas nações.

De todos, nacionais e estrangeiros, é conhecido o extraordinário esforço, o êxito, com que os caminhos de ferro de Moçambique têm desempenhado a missão que lhes foi confiada pelo Governo Português, excedendo em capacidade de trabalho, dedicação e eficiência as mais optimistas previsões, tomando e oradores da maior gratidão e merecedores dos mais vivos aplausos.

Vozes: - Muito bem, muito bem!

irmam e garantem, traz-me a solicitar que pela nossa parte tudo se faça para que se iniciem tão breve quanto possível aquelas negociações.

Tenho a certeza de que esse acordo corresponde aos mais firmes desejos dos que trabalham nesses territórios, facilitando as trocas comerciais, evitando dificuldades, arredando barreiras que resultam de condicionalismos financeiros que parecem ser mais aparentes que reais.

Essa aspiração ainda recentemente foi objecto de voto expresso no Congresso da Federação das Câmaras de Comércio da África Central Britânica e por sugestão da representação portuguesa, que encontrou o apoio unânime de todos os delegados.

Os quatro anos passados sobre a assinatura da Convenção, e já perdidos, certamente servirão de incentivo nos dois Governos para encontrarem uma rápida solução para as dificuldades que afectam os interesses mútuos.

E estou seguro de que iremos encontrar além-fronteiras o mesmo espírito de resolução tão brilhantemente afirmado pelo Governo Português em anais de um ensejo, procurando encontrar, em ampla visão dos problemas comuns, as soluções mais eficientes e adequadas.

Vozes: - Muito bem, muito bem!

O orador foi muito cumprimentado.

O Sr. Pereira da Conceição: - Sr. Presidente: decorridos dois meses nobre o requerimento em que solicitava a alguns órgãos da administração pública dados de que necessitava para o estudo da circulação e trânsito em Lisboa, vi-me forçado, a meu pesar, a fazer a referida intervenção nesta Assembleia no passado dia 18, escusando as respostas que não obtive.

Chegam-me agora do Ministério das Comunicações os dados pedidos, numa manifestação de boa vontade e interesse pelos assuntos que tratei, que me agrada registar com desvanecimento.

Vozes: - Muito bem!

O Orador: - Os referidos dados chegam-me às mãos incompletos em relação ao que solicitei, o que me dá a ideia de que este como os outros órgãos da administração pública a quem dirigi as minhas solicitações estejam ainda empenhados em completar e coligir esses dados, com a inegável boa vontade com que procuram satisfazer esta Assembleia.

Penso também na sobrecarga de trabalho que isso representa para os serviços públicos. Por tais motivos, e em virtude de a minha intervenção já ter sido realizada com base em fontes e estudos que procurei, rogo a V. Ex.ª se digne transmitir, com os meus mais relevantes agradecimentos, escusa de mais trabalho, por desnecessário, aos órgãos empenhados para esse efeito.

Sei bem quão grande é o trabalho burocrático dos vários Ministérios e a extremada boa vontade de todos, e só a título de excesso de trabalho, que não por outra razão, atribuí a demora.

Presto daqui a minha homenagem a S. Ex.ª p Ministro das Comunicações, pessoa de ex cepcional inteligência e valor, que me habituei a admirar de há longos anos, desde que tive a honra de o ter como meu ilustro professor no curso do estado-maior.

Vozes: - Muito bem!

O Orador: - E porque a ele me estou referindo e ao Ministério que tão distintamente dirige, e porque num assunto de transportes me empenhei, para S. Ex.ª apelo em matéria conexa, para a qual ouso agora chamar a sua esclarecida atenção e empenho.

E Viseu, capital da Beira Alta, cidade com seus pergaminhos turísticos, patentes nos seus monumentos nacionais, nas suas obras de arte e nos seus museus. Relativamente a este facto falaram já nesta Assembleia, com particular brilho e distinção, a propósito da recente proposta de lei sobre a indústria hoteleira, alguns dos Srs. Deputados por aquele círculo.

Mas turismo faz-se sobretudo com comunicações fáceis, eficientes e cómodas.

O turista necessita dessas comunicações, condição indispensável para o seu deslocamento. Graças a uma boa estrada nacional, os automóveis deslocam-se com facilidade até Viseu.

Mas muitos milhares de pessoas não dispõem deste meio de transporte e recorrem geralmente ao caminho de ferro, que é a base, ou seja a rede primária, do nosso sistema de comunicações. A própria camionagem de