sejaríanos que essas comemorações fossem, sobretudo, a expressão da solidariedade compreensiva e afectuosa entro o país mais ocidental da Europa, pioneiro desta nos caminhos marítimos e espirituais do Oriente, o as populações orientais, a metade oriental da humanidade.

No panorama actual das relações entre os povos, na confusão política, social .e ideológica de que é teatro o mundo habitado, Portugal continuará fiel u sua nobre e gloriosa tradição de servidor dum ideal belo e fecundo de ascensão espiritual e de fraternidade entro os homens de todos os continentes, e de todas as i-aças, de todas as condições. Disse.

Vozes: - Muito bem, muito bem! O orador foi muito cumprimentado.

O Sr. João Valença: - Sr. Presidente: na freguesia do Mozelos, concelho de Paredes de Coura, distrito de Viana do Castelo, que tenho a honra de -representar nesta Assembleia, existe um sanatório, para tratamento do tuberculose pulmonar, dos antigos ferroviários do Estado, com a denominação do saudoso Presidente Marechal Carmona.

Esse sanatório, bem situado e bem conservado, encerrou as suas portas há mais de um ano.

Pelo Decreto-Lei n.º 39 505, de 31 de Dezembro de 1053, foi o edifício do -referido sanatório, com os seus .pertences, anexos e móveis nele existentes, devolvido ao Ministério das Finanças, para este, por sua vez, o ceder, a título definitivo, ao Instituto de Assistência Nacional aos Tuberculosos.

Ë do meu conhecimento que estão em curso diligências e negociações oficiais para a projectada integração.

Bem louvável é esta iniciativa, dado que ninguém melhor do que aquele Instituto poderá contribuir para o debolamento desse horrível flagelo que é a tuberculose, que tantas vidas, tem dizimado e continua, infelizmente, a dizimar.

Nenhuma pessoa de boa fé pode ignorar a vasta obra de assistência que o Governo tem realizado, designadamente no combate à tuberculose.

Mas temos de reconhecer que esta terrível doença, que não distingue entre grandes e pequenos, ricos e pobres, continua, apesar de tudo, a sua marcha devastadora, pelo que urge persistir nos esforçou já realizados e pôr rapidamente em acção todos os meios disponíveis atinentes a combatê-la.

Vozes: - Muito bem!

Nacional aos Tuber-

culosos andam empenhados, por maioria de razão nos mostra a necessidade de aproveitar os já existentes, como o de Paredes de Coura, a que nos temos referido.

Vozes: - Muito bem !

O Orador: - E convém ainda acentuar que o funcionamento imediato do sanatório de Paredes de Coura se impõe, até porque ele constitui o único estabelecimento existente no meu distrito para tratamento da tuberculose pulmonar.

O Sr. Elísio Pimenta (interrompendo): - No distrito e na província!

O Orador: - Tem V. Ex.ª razão.

De tal funcionamento resultam, assim, vantagens altamente consideráveis, que vêm, aliás, de encontro à satisfação de prementes necessidades do meu distrito.

Com efeito, ele poria em movimento um corpo clínico especializado, servido por uma aparelhagem adequada, que, além de permitir mais rigorosos exames e análises ao doente, colaborariam ainda, eficazmente, na luta preventiva contra a tuberculose.

Por outro lado, possibilitaria, desde já, o internamento de doentes que, muitas vezes, conseguem ser sanatorizados, mas em estabelecimentos distantes, onde não pode chegar o amparo moral e afectivo da família, cura graves prejuízos na evolução da sua doença.

A consideração desta última circunstância leva-me até a concluir que deveria dar-se preferência na admissão do sanatório de Paredes de Coura aos doentes do meu distrito, tanto mais que, como disse, dentro deste não existe qualquer outro estabelecimento similar.

Chamo, pois, a atenção do Governo para que sejam aceleradas as negociações em curso atinentes à reabertura imediata do Sanatório Marechal Carmona e, designadamente, para tanto confio no ST. (Ministro das Finanças, a quem daqui presto e rendo as minhas homenagens pelas suas altas qualidades de inteligência o de carácter, já exuberantemente reveladas na sua obra notável de homem de Estado.

Vozes: - Muito bom, muito bom! O orador foi muito cumprimentado.

O Sr. Duarte Silva: - Sr. Presidente: anunciam os jornais desta manhã que foi ontem assinado o contrato para a empreitada das obras do porto do Lobito, o qual numa das suas cláusulas, impõe a obrigatoriedade do emprego das pozolanas naturais de Cabo Verde na preparação dos botões.

Pretendesse desta forma, sem prejuízo, e até com vantagem, para as obras, proteger os produtos nacionais e dar incentivo às nossas actividades produtoras, orientação que se nos afigura digna de toldo o louvor.

Vozes: - Muito bem !

O Orador: - No que respeita particularmente a Cabo Verde, província de recursos limitados, que apresenta actualmente uma exportação insignificante, merece todo o aplauso a protecção que ora se verifica, motivo por que desejo endereçar a S. Ex.ª o Sr. Comandante Sarmento Rodrigues, ilustre Ministro do Ultramar, as minhas felicitações e, como Deputado por aquela província ultramarina, os nossos melhores agradecimentos.

Vozes: - Muito bem!

O Orador: - Estou informado de que as conclusões a que chegou o Laboratório Nacional de Engenharia Ci-