Elísio de Oliveira Alves Pimenta.

Ernesto de Araújo Lacerda e Costa.

Francisco Cardoso de Melo Machado.

Francisco Eusébio Fernandes Prieto.

Gaspar Inácio Ferreira.

Gastão Carlos de Deus Figueira.

Herculano Amorim Ferreira.

João Afonso Cid dos Santos.

João Alpoim Borges do Canto.

João Cerveira Pinto.

João Luís Augusto das Noves.

João Mendes da Costa Amaral.

Joaquim Dinis da Fonseca.

Joaquim Mendes do Amaral.

Joaquim de Pinho Brandão.

Joaquim de Sousa Machado.

José Dias de Araújo Correia.

José Garcia Nunes Mexia.

José Guilherme de Melo e Castro.

José Maria Pereira Leite de Magalhães e Couto.

José dos Santos Bessa.

José Sarmento Vasconcelos e Castro.

José Venâncio Pereira Paulo Rodrigues.

Luís de Arriada de Sá Linhares.

Luís de Azeredo Pereira.

Luís Filipe da Fonseca Morais Alçada.

Luís Maria Lopes da Fonseca.

Luís Maria da Silva Lima Faleiro.

Manuel Cerqueira Gomes.

Manuel Colares Pereira.

Manuel Lopes de Almeida.

Manuel Maria de Lacerda de Sousa Aroso.

Manuel Maria Múrias Júnior.

Manuel Maria Vaz.

Manuel Monterroso Carneiro.

Manuel de Sousa Rosal Júnior.

Manuel Trigueiros Sampaio.

D. Maria Margarida Craveiro Lopes dos Reis.

Mário Correia Teles de Araújo e Albuquerque.

Mário de Figueiredo.

Paulo Cancela de Abreu.

Pedro de Chaves Cymbron Borges de Sousa.

Ricardo Malhou Durão.

Ricardo Vaz Monteiro.

Urgel Abílio Horta.

O Sr. Presidente : - Estão presentes 86 Srs. Deputados

Está aberta a sessão.

Eram 16 horas e 15 minutos.

Deu-se conta do seguinte

Do vice-presidente da Câmara Municipal de Fafe a agradecer a presença de S. Ex.ª o Presidente da Assembleia Nacional no funeral do Sr. Deputado Rev.º Manuel Domingues Basto.

Exposição

A pedir providências para que as expropriações a realizar nas obras da barragem da Caniçada pela Hidroeléctrica do Cávado se efectivem em condições justas.

O Sr. Presidente: - Comunico à Assembleia que se encontra na sala dos Passos Perdidos o Sr. Deputado Manuel de Sousa Aroso, que pela primeira vez toma assento nesta Câmara. Convido os Srs. Deputados Calheiro Lopes e Vaz Monteiro a introduzirem S. Ex.ª nesta sala.

O Sr. Deputado Manuel de Sousa Aroso deu entrada na sala e ocupou o seu lugar.

O Sr. Presidente: - Tem a palavra antes da ordem do dia o Sr. Deputado Alberto Cruz.

O Sr. Alberto Cruz:- Sr. Presidente: não é por muro formalismo que dirijo a V. Ex.ª na primeira vez que tenho a honra do usar da palavra nesta legislatura, as minhas cordiais saudações. E que V. Ex.ª vai-se tornar cada vez mais credor delas, pela dignidade e saber com que exerço a sua alta magistratura e pela forma compreensiva e benevolente como recebe as nossas intervenções. Por tudo isto, e anula pela velha amizade que nos une, desde os tempos saudosos em que a nossa juventude se cobria com as velhas capas negras, pelas ruas de Coimbra, apresento a V. Exª as minhas homenagens o peço também a V. Ex.ª licença para apresentar aos meus ilustres colegas nesta Câmara, com os protestos da mais leal colaboração.

Sr. Presidente: tem sido tão grande e tão profunda a transformação operada no nosso país no seu sentido mais progressivo que só palavras de louvor, aliás justíssimas, deveriam sair dos nossos lábios, a traduzir os nossos sentimentos de gratidão a todos os artífices deste miraculoso renascimento, nestes vinte e sete anos da Revolução Nacional.

No entanto, ainda há, e sempre haverá, por se tratar de empreendimentos humanos, motivo para reclamações a queixumes, que só podem traduzir objectivos de progresso e justiça para todas as parcelas de terra portuguesa e desejos ardentes do bem estar de todos os seus habitantes. E é por isso que pedi a palavra a V. Ex.ª para chamar deste lugar a atenção do Governo para um problema que está a afectar a economia de várias terras do nosso país, e muito especialmente, de forma desastrosa, a da cidade de Braga, que vê aumentar todos os dias o número dos seus habitantes, mas assiste também ao definhar das suas indústrias tradicionais, algumas das quais se encontram à beira da ruína total. Quero referir-me à indústria de chapelaria, outrora tão fluorescente e afamada, e à indústria do pulo, que com a primeira se correlaciona.

Em tempos, não muito distantes, também prosperos naquela cidade a indústria, de calçado manual, que ainda hoje vivo, embora reduzidíssima das proporções do passado, por não poder competir com as máquinas que terras, com homens de mais iniciativa e mais capital, aplicaram para acompanhar o progresso industrial, sempre crescente, de todas as actividades.

Já tratei, por vezes, noutras legislaturas, de problemas idênticos, causadores de graves perturbações económicas dessa populosa região minhota, tão rica de belezas naturais o com um dos maiores índices demográficos do País, mas lobrigando cada vez, menos onde empregar os braços e a inteligência dos sons naturais.

A emigração, que foi antigamente a válvula de segurança do seu excedente populacional, está, apesar dos esforços despendidos, bastante fechada, mercê de dificuldades internas e externas que a manietam. Apesar de num todos esses emigrantes vencerem na luta pela vida em terras estranhas, ainda era vultosa a soma dos capitais enviados pelos mais felizes, e deles viviam