a morte faz sementeira, que levaram em tempos idos o Prof. Ricardo Jorge a classificá-la de cidade cemiterial, hoje já bem afastada de semelhante classificação, é especialmente no distrito do Porto e no Norte do Pais que é preciso activar essa luta.

Confio em, que o Governo, na distribuição orçamental das verbas destinadas à política de valorização humana, atenda os justos clamores da população nortenha.

É necessário que a acção benéfica do Instituto Maternal se estenda a todos os distritos do País onde ela não existe, embora -repito- muito especialmente aos distritos do Norte.

Não se esqueçam também os meios rurais, onde se pratica uma vida mais sã, e olhar com atenção os meios industriais e a industrializar, comparando a natalidade destes com a daqueles e as correspondentes mortalidades, que nos indicam ser necessário estender até eles a acção do Instituto Maternal, ligando até este facto à industrialização de porte do Pais, em via de realizar-se pelo program a de fomento, que vai evidentemente originar uma grande alteração nas normas de vida habituais ao nosso povo.

Preste-se inteira e completa justiça à obra do Instituto Maternal e, das suas delegações, que à custa de sacrifícios bem louváveis dos seus médicos, do seu pessoal de enfermagem, das suas parteiras, das suas visitadoras, tem realizado uma notável obra de assistência, necessária se tornando a revisão justa dos seus honorários, como retribuição de serviços prestados sem desfalecimentos e em ritmo constante e certo.

Vozes: - Muito bem!

O Orador:- E não deve esquecer-se a assistência particular efectuada pelas Misericórdias, caixas de previdência, Casas do Povo, creches particulares, e ainda a praticada por empresas industriais, como nas fábricas da Senhora da Hora, da Areosa e outras - acção de notável relevo, merecedora dos maiores louvores e que deveria, à face da legislação, ser integrada no Instituto Maternal.

É preciso continuar essa obra de assistência a que o Estado Novo deu um incremento e impulso quase inacreditável aos olhos dos homens que ultrapassaram já o meio século da sua existência.

Essa obra fica a marcar na história de um povo uma época de realizações só possível pela acção inteligente e construtiva de uma geração disposta a redimir uma Pátria da inércia e dos erros de um passado pouco realizador, e criar e dar saúde ao povo é lutar, tendo a certeza de vencer, pela grandeza de um Portugal maior, no seio do qual vive a chama ardente de bem-fazer.

Vozes:- Muito bem!

O Orador:- E para finalizar esta série de considerações que acabo de fazer eu chamo a atenção dos Srs. Deputados que me escutam para as conclusões, votos finais expressos no encerramento do Congresso Nacional de Protecção à Infância e que ao Governo foram entregues no momento próprio.

Vozes: - Muito bem, muito bem!

O orador foi muito cumprimentado.

O Sr. Presidente:- A próxima sessão é amanhã, à hora regimental, com a mesma ordem do dia.

Está encerrada a sessão.

Eram 18 horas e 20 minutos.

Srs. Deputados que entraram durante a sessão:

Abel Maria Castro de Lacerda.

António Calheiros Lopes.

António Raul Galiano Tavares.

Herculano Amorim Ferreira.

João Afonso Cid dos Santos.

Manuel Lopes de Almeida.

Mário Correia Teles de Araújo e Albuquerque.

Ricardo Malhou Durão.

Rui de Andrade.

Srs. Deputados que faltaram à sessão:

Alfredo Amélio Pereira da Conceição.

António de Almeida.

António Júdice Bustorff da Silva.

António Russell de Sousa.

Augusto Cancela de Abreu.

Augusto César Cerqueira Gomes.

Carlos de Azevedo Mendes.

Castilho Serpa do Rosário Noronha.

Eduardo Pereira Viana.

Elísio de Oliveira Alves Pimenta.

Ernesto de Araújo Lacerda e Costa.

Henrique dos Santos Tenreiro.

Jerónimo Salvador Constantino Sócrates da Costa.

João Carlos de Assis Pereira de Melo.

Jorge Pereira Jardim.

José Gualberto de Sá Carneiro.

José Maria Pereira Leite de Magalhães e Couto.

José dos Santos Bessa.

Manuel Cerqueira Gomes.

D. Maria Leonor Correia Botelho.

Pedro Joaquim da Cunha Meneses Pinto Cardoso.

Nos termos do § 3.º do artigo 5.º do Regimento, designo para secretário do Conselho da Presidência o 1.º secretário da Mesa, Manuel Alberto Andrade e Sousa.