de 1953, e que profundamente comoveu os companheiros de Sidónio Pais.

Com solenidade bem própria da figura que era consagrada, fez-se a trasladação, promovida oficialmente, de. Sidónio Faie, do sepulcro quase escondido dos Jeró-nimos para lugar condigno, para o lado de outra figura tão simpática e que tão bem falou às nossas almas, e que tão bem caiu no nosso coração - a do Marechal Carmona -, outro homem que soube conduzir, com mão firme e segura, e graças a Deus, durante muito maior numero de anos, a Nação à situação que ela hoje felizmente desfruta.

Vozes: - Muito bem, muito bem!

O Orador:-Estão bem, um e outro, lado a lado. E nenhum símbolo melhor o Estado Novo poderia ter encontrado do que reunir Sidónio Pais e Oscar Carmona na cerimónia de 14 de Dezembro de 1953.

Vozes: - Muito bem, muito bem !

O Orador: -Mas permita-se-me que diga, com a franqueza de que, às vezes, algumas pessoas não gostam, que isso não foi bastante e que o Governo, que já, fez tanto, alguma coisa mais tem ainda a fazer. Refiro-me à ideia, que nasceu logo no dia seguinte ao do assassinato vilíssimo de Sidónio Pais, de se erguer um monumento à sua memória em qualquer ponto da cidade de Lisboa. E nenhum melhor poderia ser escolhido que o Parque Eduardo VII, onde fulgurou a vitória no dia da padroeira de Portugal.

Vozes: - Muito bem, muito bem !

O Orador:-Foi um voto que se exprimiu no dia 15 de Dezembro de 1918. Fizeram-se subscrições em vários jornais, existe dinheiro depositado para a construção, hoje, infelizmente, só para a ajuda da construção desse monumento. Houve uma iniciativa da Assembleia Nacional aceite plenamente* pelo Governo. Portanto, que mais é preciso para que se execute algo que deve estar na alma de todos nós? Porque não se paga a divida da Pátria e do Estado Novo, que colheram, afinal, os frutos do viveiro semeado por Sidónio Pais ?

Palavras; palavras, palavras não bastam. É justo que a sua memória seja dignificada com algo que dure mais do que as palavras, com um monumento em bronze que afirme perante os vindouros a gratidão, não do Estado Novo, mas da Nação, a esse herói, a esse mártir. E a do Exército ao homem que soube mostrar-lhe o caminho da honra, ao homem que soube mostrar-lhe que a vida do Pais, se não pudera recomeçar definitivamente em 8 de Dezembro de 1917, iria recomeçar, e dessa vez definitivamente, em 28 de Maio de 1926.

Saibamos respeitar aqueles que na nossa vida política são os nossos maiores, assim como temos sabido respeitar os que na nossa vida histórica nos asseguraram o caminho do futuro.

Tenho dito.

Vozes: - Muito bem, muito bem !

O orador foi muito cumprimentado.

O Sr. Camilo Mendonça: - Sr. Presidente: ao usar pela primeira vez da palavra nesta sessão desejo reiterar a V. Exa. os meus cumprimentos e renovar as minhas homenagens.

Vozes: - Muito bem!

O Orador:-Sr. Presidente: pedi a palavra para apresentar o seguinte

Requerimento

«A fim de eventualmente vir a ocupar-me desta matéria, requeiro que pelo Ministério das Corporações me sejam prestadas as informações seguintes:

O Sr. Sousa Rosal: - Sr. Presidente: acaba o Sr. Ministro das Obras Públicas de visitar no Algarve as obras que, na dependência dos serviços do sen Ministério, ali estão em curso ou interrompidas e, bem assim, colher elementos para bem resolver acerca das obras que se projectam, se pensam e se desejam.

Pelo que disseram os jornais e pelas informações particulares que vieram ao meu conhecimento, posso testemunhar perante V. Exa., Sr. Presidente, e perante a Camará que o Algarve se sentiu muito honrado e teve o maior gosto de ver este ilustre membro do Governo estabelecer contacto com as suas terras e a sua gente e tomar conhecimento directo dos seus problemas.

Vozes: - Muito bem !

O Orador:-Fosso testemunhar que a inteligência brilhante e comunicativa e o jeito empreendedor, dinâmico e objectivo do Sr. Ministro das Obras Públicas conseguiu reacender a fé e renovar a confiança, tonta vez abalada, dos que naquela província e por ela trabalham, com a ideia e o propósito de fazerem progredir a sua economia, valorizar a sua indústria turística e defender o sen património histórico, que o mesmo é dizer: fazer progredir, valorizar e defender a economia, o turismo e os bens históricos da Nação.

Vozes: - Muito bem !

O Orador:-A ajuda do Governo, a contribuição das autarquias locais e a boa vontade da iniciativa particular tom de se conjugar para impulsionar, com entusiástico esforço e o melhor ritmo, os empreendimentos que estão a correr e os projectados, para que em 1960 o velho e honrado lar algarvio possa ter um ar de dignidade, arrumação e conforto, de modo a receber como se deve,. e ao seu gosto, os nacionais e estrangeiros que ali irão naquele ano assistir à inauguração do monumento ao infante D. Henrique, no desejo de contribuírem para dar o devido lustre e grandeza à comemoração do v centenário do seu falecimento na terra sagrada de Sagres, terra onde o génio lusíada gerou a nossa formosa e famosa epopeia dos Descobrimentos, que deslumbrou e iluminou o mundo de então e ainda hoje constituo o maior motivo de orgulho nacional e a razão do maior respeito internacional pelas qualidades ë virtudes da nossa raça.

Vozes: - Muito bem, muito bem!

O orador foi muito cumprimentado.