por centímetro dão 1120 kg; e como o peso destes curros linda por 620 kg. segundo me dei ao cuidado de verificar, restam-lhes 500 kg pura a carga.

Considerando que usavam correntemente carregar 1500 kg, a perda é como já disse: de 1500 para 500 kg somente!

E se fizéssemos mais umas coutas?

Que sejam estes veículos 100 000 em todo o País; e 100$ valor das suas jeiras; e não mais que trinta dias por ano (estimativa decerto modesta) os do seu trabalho em fretes, na média individual; teremos anualmente o valor de 300 000 contos em jeiras de fretes.

Vozes: - Muito bem, muito bem !

metálicos.

Custando à economia nacional o que custará 11 a redução da capacidade de carga, parece que o assunto deve se ainda revisto.

Vozes: - Muito bem!

de Maio que passei a fazer exame de consciência e observação dos factos. Percorro regularmente uns 300 km por semana - não muito, não pouco, talvez mais que a média - em zonas de grande pecuária, e nestes meses tenho-me dedicado a atentar no número de rebanhos encontrados e nas demoras a que obrigaram.

É exercício que recomendo a qualquer, se ainda é tempo, e dificilmente deixará do conduzir a um pouco mais de paciência para com gados itinerantes e seus pastores. Na verdade, que cada qual utente em quantos rebanhos encontra, e quanto tempo lhe fazem perder, parado ou em velocidade reduzida; e estou que só excepcionalmente manterá ainda acrimónia contra o trânsito de animais em grupo.

Um minuto, que passa depressa, parece eternidade de paragem a quem vá de carreira; mas sessenta segundos são tempo que dá para muito pastor arrumar o seu rebanho e deixar caminho livre aos automobilistas.

Repito a VV. Ex.ª e a toda a gente: experimentem, registem; sinceramente creio que hão-de reconhecer reconhecer em tão curto lapso o tempo bastante para ultrapassar muitos dos rebanhos que encontrarem, e hão-de, sobre isto, verificar que esses não se lhes deparam a todo o momento.

Vozes: - Muito bem!

O Orador: - Eis, pelo menos, o que concluí da minha própria observação: centos e centos do quilómetros sem encontrar um rebanho ou manada; raras as detenções que excedem um ou dois minutos.

Pudesse eu dizer o mesmo dos cruzamentos ferroviários e das tilas de camiões lentos que a todo o passo se formam, ou dos surdos que não ouvem os pedidos de passagem!

Vozes: - Muito bem!

a sua natureza, nem nelas são maiores empecos que muito outro género de usuário.

Vozes: - Muito bem, muito bem!

O Orador: - Começar por eles ó descongestionar das estradas é pois arbitrariedade violenta; é tendência que só se justificará se, logicamente, continuar pela sucessiva proibição de todas as classes do mais trânsito, até chegar à perfeição extrema de ter os caminhos desimpedidos, porque vazios.

E o que se legislou é, praticamente, proibição, tão mal se conforma com as realidades.

Já s isto irei; entretanto quero insistir na inevitabilidade do trânsito de gados nas estradas, portanto na necessidade da correlativa reforma da Lei.

Em primeiro lugar, o código aplica-se a todas as vias públicas, nunca é de mais lembrar: o que estabelece vale desde a auto-estrada ao último caminho vicinal. Um ponto.