se houvesse reconhecido expressamente a necessidade da sua construção.

Não é, pois, uma obra votada ao abandono. É um empreendimento que aguarda, como tantos outros de indiscutível interesse, a sua oportunidade de realização, por conta de disponibilidades adequadas.

Até lá confiemos, por um lado, no desafogo que para o tráfego da pesca pode resultar do alargamento das instalações portuárias na doca n.º 2 e, por outro, na possível melhoria das actuais instalações e no seu melhor apetrechamento técnico.

São problemas a que os serviços competentes estão votando - como ao mais - todo o seu interesse e entusiasmo.

Também aqui, e por parte da boa gente do Norte, não haverá razões para desesperar e descrer.

Vozes: - Muito bem, muito bem!

O Orador: - De resto, V. Ex.ª o disse.

O Sr. Daniel Barbosa: - De facto, vinquei-o no discurso que então fiz.

Não venho para aqui com a preocupação, portanto de fazer unicamente perguntas em que o Governo fique mal. Folgo em fazer também perguntas em que o Governo possa ficar bem, e desta maneira, por não esquecer a função política que é inerente ao Deputado, posso servir também de elemento catalisador entre o Governo e o meu distrito.

Foi isto o que me sugeriram as respostas de V. Ex.ª, que não podem invalidar, como é evidente, as que do Governo espero e ao Governo compete dar-me.

O Orador: - Nem foi esse o meu objectivo. Isso o disse há pouco.

O Sr. Daniel Barbosa: - Fiz este pequeno apontamento, como diria o nosso leader, para que se não julgue que a minha posição nas perguntas que fiz seria outra.

serviços do Ministério retomarão na primeira oportunidade, dentro das suas disponibilidades de pessoal, naquele momento, acrescentava-se, inteiramente ocupado no Plano de Fomento.

Sr. Presidente: o País vive interessadamente o desenvolvimento das realizações do Plano de Fomento, cuja alta importância se torna escusado encarecer.

Seria estulto minimizar a sua extraordinária projecção, ou não reconhecer as muitas e sérias preocupações e canseiras que a sua execução traz aos serviços respectivos.

No entanto, talvez não seja ousado pôr em dúvida se, presos e fascinados pelos grandes empreendimentos, nos não esquecemos de cuidar das grandes pequenas coisas, tantas vezes a condicionar o trabalho e o bem-estar de extensos e sacrificados sectores da população portuguesa.

Vozes: - Muito bem!

O Orador: - Não que sejamos contra o planeamento das grandes realizações, mas queríamos que nesse planeamento tomassem lugar todas as realidades da nossa vida económica e social, que também são feitas de necessidades menores, mas muito importantes - porque algumas até vitais -, das pequenas comunidades da nossa terra.

Vozes: - Muito bem!

O Orador: - É legítimo admitir que o alheamento desses pequenos problemas, o retardar de soluções urgentes de problemas simples, gere a desconfiança e a incompreensão, comprometa o próprio significado das realizações maiores, que aqueles a quem falta o estritamente necessário não podem, e humanamente, entender.

Não vemos razões que, com procedência, possam invalidar o acerto do sentido que propugnamos para as nossas realizações materiais.

De resto, limitamo-nos a apoiar uma orientação defendida e sustentada por muitos que, com competência, se têm debruçado sobre estes problemas.

Pelo que se refere aos empreendimentos portuários, e no próprio quadro do Plano de Fomento, temos presente o que sobre as obras dos pequenos portos se escreveu no parecer subsidiário da secção de Obras públicas e comunicações da Câmara Corporativa, recomendando que no Pia ao se incluísse uma dotação especial para cobrir os dispêndios com aquelas pequenas obras.

Esta avisada recomendação não foi aceita, mas nem por isso deixa de constituir uma adesão autorizada ao critério acima exposto.

Vozes: - Muito bem!