Trata-se, pois, de uma questão do sempre, sem que para ela fosse encontrada ou talvez mesmo procurada solicitamente uma solução eficiente.

Será muito difícil empregar eficazmente, antes da saída de armazém nos portos do destino, o mesmo sistema utilizado 310 continente, ou seja colheita de amostras ao acaso e sua análise em laboratório? Faz-se isto?

Também não se afigura impossível, agora, a existência de brigadas móveis de fiscalização que vão até junto do retalhista, dadas as maiores facilidades de deslocação. E seria uni encargo para que os Governos encontrariam larga compensação no aumento do consumo.

E conhecida n expressão de certo camponês: Lá na minha terra faz-se vinho de tudo, até de uvas »! Nào possa o indígena dizer que lhe vendem vinho do tudo menos de uvas ...

Vozes: - Muito bem!

O Orador: - 'Um outro ponto deve ser considerado pelo Governo, pois influi também apreciavelmente nos preços do ultramar.

Quero referir-me ao acondicionamento dos vinhos.

E grave e melindroso este aspecto do problema, pois colide também com indústrias importantes, como tanoaria, vidraria, transportes terrestres e outras, cujos interesses são legítimos e também de projecção social, pelo emprego de muitos braços, e, portanto, interessarem ao nível de vida das populações com elas ligadas mais de perto.

A sombra disto se desenvolveram, e especialmente, as indústrias de tanoaria e vidreira. A sombra disto vive, em parte, especialmente a primeira, sem fácil derivante compensadora. Não podemos esquece-lo, tanto mais que, apesar do exposto, esta indústria queixa-se de que atravessa um momento de crise.

Devia o Governo mandar estudar ti fundo este problema, como tudo o mais que se relacione com a exportação para o ultramar.

Sr. Presidente: segue-se agora o capítulo que diz respeito ao condicionamento do plantio; mas como estou fatigado e a Assembleia o está ainda mais (não apoiados), se V. Ex.ª o permitir, fica a palavra reservada para a próxima sessão. E então ocupar-me-ei daquilo que posso denominar o plantio da vinha», ou a tentação do fruto proibido ...».

O Sr. Presidente: - Compreendo a vastidão do problema que V. Ex.a se propôs tratar e a dificuldade de o fazer dentro do tempo regimental, e por' isso lhe reservo a palavra para a sessão de amanhã.

Pausa.

O Sr. Presidente: - Vou encerrar a sessão. Amanhã haverá sessão à hora regimental, com a mesma ordem do dia de hoje.

Esta encerrada a sessão.

Eram 18 horas e 20 minutos.

Srs. Deputados que entraram durante a sessão:

Abel Maria Castro de Lacerda.

André Francisco Navarro.

António Calheiros Lopes.

Carlos 'Mantero Belard.

João Afonso Cid dos Santos.

João da Assunção da Cunha Valença.

Joaquim Dinis da Fonseca

Luís Filipe da Fonseca Morais Alçada.

D. Maria Leonor Correia Botelho.

Mário Correia Teles de Araújo e Albuquerque

Ricardo Malhou Durão.

Srs. Deputados que faltaram à sessão:

Alberto Cruz.

Amândio rebelo de Figueiredo.

António Abrantes Tavares.

Antóónio Júdice Bustorff da Silva

António da Purificação Vasconcelos Baptista Felgueiras.

António Russell de Sousa.

Augusto César Cerqueira Gomes.

João Carlos de Assis Pereira de Melo

Joaquim Mendes do Amaral

Joaquim de Moura Relvas.

Joaquim de Pinho Brandão.

Jorge Pereira Jardim.

José Gualberto de Sá Carneiro

José Maria Pereira Leite de Magalhães e Couto.

José dos Santos Bessa.

José Sarmento Vasconcelos e Castro.

Manuel Cerqueira Gomes.

Manuel Maria de Lacerda de Sousa Aroso.

Manuel de Sousa Rosal Júnior.

Urgel Abílio Horta.