Os exemplos inglês e americano mostram-nos que tal coisa não é, pelo menos, fatal, muito embora, por causas talvez ainda, nem sequer estudadas, julgo eu, pareça sê-lo em Portugal.

Deixo o estudo do problema, como já afirmei, nos competentes e estudiosos para o resolverem, pois para tanto falta-me, além da competência, o tempo.

Sou tentado, entretanto, a dar a V. Ex.ª algumas impressões directamente colhidas em França e Inglaterra, onde pude notar que em algumas indústrias que visitei se trabalha com mais amplidão, na verdade, mas não em geral com melhor apetrechamento, nem com melhor competência técnica.

Trabalha-se, no entanto, com ordenados e salários bastante mais altos do que os nossos, nos quais têm primeira e indiscutível base a maior amplidão com que se trabalha.

Vozes: - Muito bem!

O Orador: - Disto resulta, é certo, que se vende lá tudo bastante mais caro do que em Portugal, mas numa proporção muito menor que a dos ordenados e salários, como já fiz notar, citando o exemplo inglês.

Para terminar, Sr. Presidente, sou levado a crer que no nosso sistema económico algumas coisas falham, e possivelmente uma delas -se não a principal - é esta.

Ao apontá-la, outra intenção me não move que não seja a de chamar para ela a atenção dos competentes e de quem de direito para que seja estudada e resolvida dentro das nossas possibilidades.

E os meus votos muitos sinceros são para que deste debate, que tão elevadamente tem decorrido, saia esclarecido, não só o problema da viticultura em causa imediata, mas o próprio problema agrário nacional, no qual se enxertam todos os outros, que, a meu ver, reclamam estudo, sim, mas rápido e para soluções urgentes.

Vozes: - Muito bem, muito bem !

O orador fui muito cumprimentado.

O Sr. Presidente: - Vou encerrar a sessão. Mas antes de o fazer convoco para amanhã, às 14 horas e 45 minutos, a Comissão de Legislação e Redacção.

A próxima sessão será amanhã, com a mesma ordem do dia da de hoje.

Está encerrada a sessão.

Eram 18 horas e 45 minutos.

Srs. Deputados que entraram durante a sessão:

Alberto Pacheco Jorge.

Amândio Rebelo de Figueiredo.

André Francisco Navarro.

António Augusto Esteves Mendes Correia.

Carlos de Azevedo Mendes.

João Afonso Cid dos Santos.

João Alpoim Borges do Canto.

Joaquim Dinis da Fonseca.

D. Maria Leonor Correia Botelho.

Mário Correia Teles de Araújo e Albuquerque.

Ricardo Vaz Monteiro.

Srs. Deputados que faltaram à sessão:

Antão Santos da Cunha.

António Júdice Bustorff da Silva.

António Russell de Sousa.

Augusto César Cerqueira Gomes.

Augusto Duarte Henriques Simões.

Carlos Mantero Belard.

Henrique dos Santos Tenreiro.

João da Assunção da Cunha Valença.

João Carlos de Assis Pereira de Melo.

João Cerveira Pinto.

Joaquim Mendes do Amaral.

Joaquim de Moura Relvas.

Jorge Pereira Jardim.

José Gualberto de Sá Carneiro.

José dos Santos Bessa.

Luís Filipe da Fonseca Morais Alçada.

Manuel Cargueira Gomes.

Manuel Maria de Lacerda de Sousa Aroso.

Manuel Maria Marias Júnior.

Manuel de Sousa Rosal Júnior.

Pedro de Chaves Cymbron Borges de Sousa.

Urgel Abílio Horta.

Decreto da Assembleia Nacional, sob a forma de resolução, acerca do Protocolo Adicional ao Tratado do Atlântico Norte

A Assembleia Nacional, tendo tomado conhecimento do texto do Protocolo Adicional no Tratado do Atlântico Norte para a acessão da República Federal Alemã, assinado em Paris em 23 de Outubro de 1954, resolve aprovar, para ratificação, o referido Protocolo Adicional, conforme os textos oficiais.

Mário de Figueiredo.

António Abrantes Tavares.

João Luís Augusto das Neves.

João Mendes da Costa Amaral.

Joaquim Dinis da Fonseca.

José Gualberto de Sá Carneiro.

José Venâncio Pereira Paulo Rodrigues.

Luís Maria Lopes da Fonseca.

Manuel Lopes de Almeida.