Chama-se a atenção para o valor do consumo específico, que é quase metade do número geral do país mais industrializado do Mundo (8100 kWh) e 80 por cento superior ao dos consumidores domésticos urbanos, que dispõem do mais alto standard de vida que há conhecido.

A R. E. A. tem actuado, sobretudo, da seguinte forma:

Fomentando a constituição de cooperativas, algumas das quais chegam a ter mais de 20 000 consumidores. A cooperativa é uma associação de interessados rurais estabelecida com a finalidade de fornecer energia aos seus membros, ao mais baixo preço, tornado possível pela inter ajuda e pelo financiamento, fiscalização e orientação da R. E. A.

Estes cooperativas eléctricas diferem das outras cooperativas por serem quase integralmente financiadas pelo Governo federal e fiscalizadas e assistidas no seu estabelecimento e exploração.

Os empréstimos silo concedidos a juro baixei, para serem amortizados em vinte e cinco anos, podendo o pagamento de juros ser diferido por período não superior a trinta meses, para ter em conta o pequeno rendimento

das novas redes nos primeiros tempos da sua exploração.

Os financiamentos feitos pela R. E. A. podem estender-se também à execução daí. instalações dos consumidores e até ao fornecimento da aparelhagem, para aumentar o emprego da energia eléctrica, forma mais eficaz de tornar positivos os resultados de exploração das instalações realizadas.

Resumindo: o método americano, que de maneira tão rápida fez desenvolver a electrificação rural, parece assentar na base de que ela só deve realizar através da criação de cooperativas de consumidores, a quem é feito o financiamento quase integral dos investimentos, financiamento reembolsável a juro baixo s num período de vinte e cinco anos, prestando-se a essas cooperativas toda a assistência técnica, comercial e administrativa que exija o desenvolvimento da sua actividade.

Estes empréstimos tombem podem ser concedidos a outros organismos públicos ou privados, mas sempre com a interferência marcada da R. E. A. em todos os aspectos da actividade.

No início do seu programa, a E. E. A. começou por financiar as próprias empresas privadas, com a esperança de mais rapidamente pôr em marcha a obra.

Os resultados não foram animadores porque tais empresas não se interessavam ncan pelo serviço nem pelos empréstimos, que acarretavam a interferência da R. E. A. na sua actividade privada. Indica-se, meramente a título exemplificativo, a distribuição dos empréstimos concedidos pela R. E. A. de ide 1930 a 1941, segundo a natureza das entidades e a (finalidade dos mesmos:

(Ver tabela na imagem)

Acrescenta-se, para finalizar, que, quando se atingem consumos específicos de 4000 kWh por consumidor, as instalações não só se pagam a si próprias, por fraca que seja a densidade dos consumidores e baixas as tarifas de electricidade, como dão lucros, embora pequenos, o que é confirmado pelos seguintes dados estatísticos:

Lucros das explorações financiadas pela R. E. A.

(Ver tabela na imagem)

consumidores rurais - 248 milhões de kilowatts- hora.