almas, avizinham-se de actualização, com a percentagem de 271, na base de 100 naquele ano.

Todas as rubricas que formam o capitulo mostram aumento, tanto em relação a 1938 como a 1952, mas a contribuição industrial e o imposto sobre a aplicação de capitais indicam maiores valias acentuadas. Determinar-se-ão adiante as origens.

No mapa seguinte inscrevem-se os impostos directos c as suas variações com referência ao ano anterior à guerra e a 1952:

De exame retrospectivo de cada um dos impostos ou contribuições que formam o capítulo ressalta que a contribuição industrial, em valores absolutos, produziu o maior aumento, seguido pelo imposto sobre a aplicação de capitais, na comparação feita com o ano anterior.

Durante o período da guerra, até 1948, a primeira subiu de cerca de 300 000 contos para 487 000. De então para cá o seu desenvolvimento tem sido constante, mas menos espectacular. Contudo, em 1953 ela atingiu uma cifra bastante superior à dos anos anteriores.

No caso do imposto complementar, com o aumento de perto de 221 000 contos desde 1938 - quase cinco vezes mais -, houve alterações na sua estrutura que produziram os acréscimos. Em todo o caso, de 1948 a 1953 o seu desenvolvimento foi de pouco mais de 100 000 contos, dos quais 22 379 em 1953, incluindo o imposto suplementar que lhe foi adicionado.

A contribuição predial, que produzira 224 000 contos em 1938, e era superior à contribuição industrial, passou para 357 000 em 1953, incluindo o acréscimo de 14 858 contos notado neste ano. Assim, o seu índice de subida é bastante baixo, visto ser um pouco superior a 150.

Foi na contribuição predial que se deu menor desenvolvimento de receita. Adiante se estudará, com certo pormenor, a matéria colectável que serve de base aos lançamentos, parte da qual, sobretudo na propriedade rústica, ainda não foi actualizada por cadastro ou avaliação directa.

Quase todas as outras verbas que formam o conjunto do capítulo progrediram por percentagens variáveis entre 200 por cento e 300 por cento.

Uma das mais acentuadas é a do imposto sobre as sucessões e doações, que alcançou em 1953 o total de 320 674 contos, o que representa um pouco menos de três vezes a receita de 1938, que foi de 118 653 contos, números redondos. As contribuições predial e industrial, adicionadas aos impostos complementar e sobre as sucessões e doações, produziram cerca de 80 por cento dos impostos

directos, como se nota mais facilmente dos números extraídos do quadro:

O avanço foi maior no segundo grupo, pois passou de 169 000 para 592 000 contos, enquanto que no primeiro mal dobrou, devido ao pequeno aumento da contribuição predial, comparado com os que se deram nos impostos complementar e sobro as sucessões e doações. Os outros impostos directos tiveram comportamento variável, conforme os casos. Já não contam os impostos de salvação pública, o suplementar - que se contém hoje no complementar - e o relativo a lucros excepcionais da guerra.

Em «Diversos» incluem-se algumas verbas importantes, como as relativas ao imposto de trânsito (7123 contos) e os juros de mora de dívidas à Fazenda Pública (11 958 contos). Notou-se serem as contribuições predial e industrial e os impostos complementar e sobre as sucessões e doações os mais produtivos. Também se verificou que, num conjunto de l 965 000 contos de receitas totais em 1953, eles contribuíram com l 552 000.

Qual a evolução do quantitativo da matéria colectável que serviu de base a estes impostos?