No que se refere à contribuição predial rústica por hectare, o máximo é atingido no Funchal, Ponta Delgada e Angra do Heroísmo, nas ilhas, além de Viana do Castelo, Porto, Lisboa, Braga e Aveiro, no continente, todos com mais de 30$. São, na verdade, quantias bastante pequenas.

Também o rendimento colectável por hectare só ultrapassa os 200$ em Braga, Lisboa e Porto, no continente, e Ponta Delgada e Funchal, nas ilhas.

Os números dão sucintamente as insuficiências das matrizes nesta matéria e a necessidade de acelerar, na medida do possível, os trabalhos do cadastro além de indicar o fraco rendimento específico da propriedade rústica.

Divisão da contribuição predial por distritos No quadro seguinte indica-se em separado com quanto comparticipa cada distrito na contribuição predial em conjunto a cada uma das suas duas subdivisões, urbana e rústica:

(Ver tabela na imagem)

Os dois distritos de Lisboa e Porto comparticipam em 41,1 por cento no total da contribuição predial. Se for considerada apenas a urbana, Lisboa paga mais de metade (51 por cento) e o Porto 16,2 por cento.

A contribuição rústica reparte-se mais regularmente.

Adicionais No quadro seguinte dão-se as quantias liquidadas como adicionais para as juntas de província, municípios e outras:

(Ver tabela na imagem)

Contribuição industrial Ultrapassou a casa dos 600 000 coutos a receita da contribuição industrial. É, sem dúvida, tirando os direitos aduaneiros, o maior amparo das contas.

Para receitas ordinárias da ordem dos 6 225 000 contos, a contribuição industrial concorreu com percentagem ligeiramente inferior a 10 por cento.

No quadro seguinte indica-se a contribuição liquidada nos últimos anos referida a 1930-1931:

(Ver quadro na imagem)

Há pequena diferença entre o que foi liquidado e o que se cobrou. Assim, em 1953 o efectivamente cobrado somou 602 788 contos. tudo o aumento substancial no contributo deste imposto para as receitas públicas, seria naturalmente vantajoso fazer a destrinça entre o que naturalmente corresponde à produção industrial e o que se aplica a actividades comerciais. Não é fácil fazer uma estimativa sólida. Em todo o caso, os elementos relativos à produção industrial depois da guerra permitem concluir que uma parte do desenvolvimento do que se contém nos acréscimos da contribuição industrial deriva de melhorias na produção.

Até certo ponto, o investimento de capitais na constituição de sociedades anónimas, por quotas e outras, dá ideia do progresso da actividade industrial. Por isso se compilaram os números que a seguir se publicam:

Sociedades constituídas dissolvidas

A maior parte do capital realizado pertence a sociedades anónimas.

As cifras no período pós-guerra mostram grande diminuição de capital mobilizado a partir de 1947, ano um que as omissões atingiram o máximo de 627 935 contos. Só em 1952 se nota recuperação. Em 1953 houve, como os números indicam, um acentuado surto para mais de 500 000 contos, dos quais 37,2000 pertencem a sociedades anónimas. Dos 506 000 contos subscritos, foram realizados naquele ano 289 470.