(ver tabela na imagem)

O exame dos números mostra, falando de modo geral, que tivemos a boa sorte de ter um valor unitário de exportação quase sempre superior ao da importação até ao fim da guerra.

Assim, o deficit da balança do comércio foi atenuado por maiores valores unitários do que se exportava, corrigindo deste modo a grande diferença na tonelagem.

A partir de 1946 dá-se uma oscilação dos valores unitários a que não estava habituada a balança do comércio. Enquanto em 1946, 1951 e 1952 os valores unitários da importação foram maiores do que os das exportações, em 1947, 1948, 1949, 1950 e 1953 aconteceu o contrário. Não é possível estudar agora as razões do fenómeno. Apenas se deseja fazer sobressair que, apesar dos altos valores da cortiça nos últimos anos, ainda os valores unitários da exportação foram menores, excepto em 1953; e deste modo desequilibraram a balança do comércio mais do que seria de desejar.

Quanto à tonelagem, a exportação inic iou a descida. O conflito coreano quebrou o marasmo do período anterior a 1950 e que tanto concorreu para os tremendos deficits da balança de pagamentos, mas 1953 mostra declínio de mau augúrio. A baixa nas importações foi de 470 000 coutos. Ela deu-se essencialmente nos valores das matérias-primas, o que explica em parte a diminuição do valor unitário da tonelada adquirida. Importámos em 1952 cerca de 2 248 000 t de matérias-primas e 2 437 000 em 1953.

A diferença para mais deu-se nos produtos de origem mineral. Embora fosse pequena a diferença nos carvões - mais cerca de 110 000 t do que em 1952 -, houve muito menores consumos de ramas para destilação. Contudo, os óleos combustíveis, gasolinas e outros aumentaram a sua tonelagem.

No quadro seguinte indicam-se, por classes, as importações nos últimos anos:

(ver tabela na imagem)

Há diferenças substanciais, além das matérias-primas. Manteve-se o nível da classe V, relativa ao apetrechamento do País em máquinas, ferramentas, utensílios e outros instrumentos de trabalho, que anda à roda de 2 400 000 contos por ano nos últimos anos, com afrouxamento, aliás não muito grande, em 1950 e 1951.

A benignidade das duas últimas colheitas melhorou a verba das substâncias alimentícias, que ainda em 1950