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O exame dos números permite estabelecer conclusões sobre as directrizes do comércio externo nos últimos dezasseis anos.

Nas importações houve progresso nos abastecimentos do ultramar, embora não tão grandes como seria de prever. A importação aumentou de 5,7 por cento. Não é de admirar o declínio na importação dos países participantes, que são os que formam a Europa Ocidental, embora eles continuem a ser os maiores fornecedores do País, com mais de 5 milhões de coutos em 1953, representando perto de 54 por cento do total. A diminuição de percentagem deve provir da intensificação do comércio com outras partes do Mundo. Com efeito, outros países além dos não participantes indicados aumentaram a sua quota-parte e, entro eles, merecem relevo a Arábia e Curaçau, que nos abastecem de óleos combustíveis em substituição dos carvões que vinham anteriormente do Reino Unido.

O declínio dos países não participantes, entre os quais entram os Estados Unidos com valor muito impor tante, foi pequeno em percentagens e favorável à balança de comércio.

Nas exportações há sensível melhoria nas relações com o ultramar, com elevação da percentagem para perto de 27 por cento.

O progresso notado nos países participantes é pequeno, mas a percentagem a mais nas exportações para a América representa uma ajuda importante ao equilíbrio na balança monetária.

Finalmente, o comércio exportador com o que no quadro se designa por «Outros países», embora com ligeira melhoria na percentagem em relação a 1938, não e o que devia ser. O comércio exportador nacional necessita de desenvolver os seus mercados para países novos. Há campo vasto na matéria e deviam fazer-se esforços contínuos nesse sentido. Nas importações sobressaem diversos produtos de grande interesse. Se for examinada era pormenor a lista das mercadorias importadas em 1953, considerando este ano como média, e já em condições de normalidade, nota-se não ser possível reduzir muito, por esforço interno, os valores de algumas das principais mercadorias a importar.

Pelo contrário, na medida em que se avigora o progresso nacional, hão-de acentuar-se aumentos em muitos. E a lei da melhoria do nível de vida.

As importações de maior valor em 1953 foram as seguintes:

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Cerca de 57 por cento das importações sito constituídas por doze produtos essenciais. Há possibilidades de reduzir no ferro e no aço, nas máquinas industriais, nos farináceos, nas obras de metais e nas pescarias. Mas os restantes hão-de certamente aumentar por motivo do próprio desenvolvimento interno.

No número de mercadorias não incluídas há algumas de grande importância susceptíveis de ser objecto da actividade nacional. O caso das exportações é mais sério na economia interna, e já se aludiu a ele noutro passo do parecer.

Dependemos nas exportações de meia dúzia de produtos, quase todos extremamente vulneráveis, como n experiência tem demonstrado. São eles, em 1953:

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