Os números e rubricas do quadro falam por si e não têm necessidade de grandes comentários, que, aliás, já foram feitos em anos anteriores. Assim, algumas verbas parece perpetuarem-se no orçamento, como a do Palácio dos Duques de Bragança, que ainda este ano subiu a 1240 contos.

As instalações do Exército e da Marinha necessitaram de reparações, que ascenderam a 2436 e 2064 contos, respectivamente, e a verba para castelos e monumentos manteve o total de anos anteriores - à roda de 2200 contos.

Nos Palácios Nacionais fizeram-se obras nos da Ajuda, Belém, Cascais, Necessidades, Queluz e Sintra.

Nos Hospitais Civis as obras de maior vulto foram as dos Hospitais de S. José (1656 contos) e Curry Cabral (318 contos).

Nos liceus (1187 contos) houve reparações nos da Guarda, Lisboa, Porto, Bragança, Leiria, Castelo Branco, Viana do Castelo e Viseu.

Muitas outras obras couberam dentro desta verba, algumas mencionadas no quadro, outras englobadas na verba total. Talvez valha a pena mencionar algumas, como o edifício da Assembleia Nacional (311 contos), Governo Civil de Viseu (240 contos), Ministério do Ultramar (250 contos) e Teatro de S. Carlos (284 contos).

Ainda em despesas de conservação se incluíram algumas verbas utilizadas nos edifícios da Caixa Geral de Depósitos, nos dos CTT e nos doutros organismos.

Entre elas encontram-se as seguintes:

Contos

Bairro das Casas Económicas Dr. Oliveira

Casas económicas Diminuiu de 17 356 para 1039 contos a despesa com a construção de casas económicas.

As principais aplicações referem-se aos bairros económicos de Almada (221 contos), Paro (194 contos) e Portimão (294 contos), cabendo à administração e fiscalização 215 contos. A despesa destes serviços subiu a 41 009 contos em 1953, assim repartidos:

Os gastos de pessoal mantiveram-se no nível de 1953. Neste ano haviam somado 17 003 contos. As verbas mais importantes referem-se a pessoal dos quadros (9761 contos), e ao assalariado (6192 contos).

O aumento de despesas deu-se em material e pagamento de serviços e encargos. Em material o acréscimo foi superior a 2000 contos e nos encargos andou à roda de 700. À verba de material, que atingiu, como indicado, 14 930 contos, pode decompor-se como segue:

Construção e obras novas:

Estradas submersíveis, pontes

Obras marítimos e fluviais..... 3 934

Aquisições de utilização permanente:

A diferença para mais em relação a 1952 deu-se em estudos (mais 1158 contos), era obras marítimas e fluviais (mais 210 contos), na conservação de imóveis (mais 601 contos) e outras rubricas, somando em conjunto o que já se indicou. Quanto a encargos, o maior aumento refere-se a despesas com obras hidráulicas a reembolsar, que este ano atingiu 8520 coutos - mais 679 contos do que em 1952. Esta importância tem compensação em receita.

Outras verbas contabilizadas em encargos referem-se a rendas de casa, comunicações e a mais algumas de menor valor.

Despesas extraordinárias Têm sido avultados os recursos extraordinários utilizados por esta Direcção-Geral, quer em estudos de aproveitamentos hidroeléctricos, quer em obras de hidráulica agrícola.

Os assuntos que se referem a ambas estas utilizações das receitas do Estado têm sido largamente discutidos nos pareceres e não é possível este ano - em que já alguns resultados das iniciativas do Estado estão à vista - dar-lhes maior espaço, o que será feito em outro parecer, com mais vagar, porque o assunto merece estudo cuidadoso, dada a sua importância.

Em .1953 as despesas totais, incluindo as extraordinárias, foram as seguintes:

Contos

O total da despesa da Direrção-Geral foi inferior, no conjunto, em 31 187 contos ao de 1952. A diferença para menos nas despesas extraordinárias atingiu 34 000 contos, números redondos.