a cerca de l 150 668 contos. Destes destinaram-se a estradas e caminhos vicinais apenas 288 428 e mais 33 716 para outras pequenas obras.
Se forem comparadas com as verbas destinadas a estradas, da ordem dos 2 milhões de contos, em idêntico período, nota-se logo o desapego e desinteresse com que se tratam os pequenos aglomerados rurais. Até certo ponto, concorre para o triste e gravoso êxodo das populações.
No quadro seguinte indicam-se as verbas gastas em estradas e caminhos desde 1945 e em 1952 e 1953:
Continua a notar-se no quadro a influência do Fundo de Desemprego e o facto de terem sido menores os pagamentos em algumas das rubricas.
Melhoramentos rurais
Há melancolia nos números quando se examinam as contas.
Notou-se acima que no período de 1945-1953 o total comparticipado pêlos serviços de urbanização se elevou
Total das comparticipações
Considerando por agora, nos melhoramentos rurais, apenas as estrada» e caminhos, no total de 288 428 coutos, nota-se a tentativa de acudir com comparticipações a todos os distritos, incluindo os mais bem providos de vias ordinárias e os de» interior.
Deve observar-se, contudo, não serem idênticas as necessidades. Há zonas com possibilidades económicas apreciáveis desprovidas de comunicações.
Em alguns casos a coordenação mais criteriosa entre as verbas da Junta Autónoma de Estradas e dos serviços de melhoramentos rurais seria de grande interesse, com projecção na economia de verbas.
Mas a política seguida pelo Ministério no que diz respeito a comunicações, talvez por falta de verbas, ou por se destinarem as que existem a outras obras, não tem conseguido resolver o problema dos pequenos aglomerados.
A construção das estradas e caminhos rurais está intimamente ligada à conclusão do plano rodoviário a cargo da Junta Autónoma de Estradas. Os últimos são subsidiários das primeiras. Enquanto não for executada uma política enérgica no plano rodoviário, com aproveitamento cuidadoso das dotações e prioridades na execução, hão-de continuar as anomalias e graves circuns-