Não havendo aumentos notáveis, continuaram a prevalecer as verbas de anos anteriores nas Faculdades, onde o ensino experimental poderia ser mais proveitoso. No actual estado de deficiência de verbas orçamentais não é possível fazer a investigação do que compete às Faculdades de Ciências, que, tanto em Lisboa como em Coimbra, tiveram dotações idênticas nos três últimos anos, como se poderá verificar no quadro seguinte.

É notável a aproximação das verbas, tanto as relativas a material como a encargos, c, se forem examinados os destinos das que compõem os capítulos respectivos, notar-se-á a sua pouquidão nas diversas rubricas. Á Universidade Técnica é constituída por diversos institutos. Não houve variações sensíveis nas despesas quando estas se comparam com as do ano anterior.

No quadro seguinte mostra-se a despesa por instituições, subdividida em pessoal, material e encargos:

Dos 16 388 contos gastos em 1953, 13 368 pertencem a pessoal, mais de 80 por cento. A verba de material para todos os institutos e escolas não atinge 1700 contos.

Há campo vasto para aperfeiçoamentos no ensino experimental das escolas superiores técnicas. Os aperfeiçoamentos hão-de requerer bem melhores dotações de material e encargos. Só nesta base se pode instituir um ensino laboratorial eficaz e digno das escolas que formam os especialistas sobre os quais repousa o futuro económico português, e, por consequência, o bem-estar material da Nação. Com a instrução artística gastaram-se em 1953 porto de 18 300 contos, mais 3460 contos do que no ano anterior.

No quadro a seguir a despesa divide-se pelas diversas aplicações:

Contos

Comparando os dois últimos anos nota-se estagnação das verbas das escolas e academias de belas-artes, melhoria nos museus, verbas idênticas no Conservatório Nacional e inspecção, arquivos e bibliotecas, e finalmente aumento de perto do 2000 contos nos dois teatros nacionais - D. Maria II e de S. Carlos. A despesa com a manutenção dos teatros nacionais subiu este ano para 7759 contos, ou mais de 40 por cento do total gasto com e instrução artística, que compreende as escolas de belas-artes, os museus, o Conservatório Nacional e os aro uivos e bibliotecas.

O aumento foi grande não teatro lírico. A verba relativa ao Teatro D. Maria II arredonda-se em 533 coutos, dos quais 495 são subsídios.

A de S. Carlos subiu para 7226 contos, c, destes, 6424 representam subsídios não reembolsáveis e 230 subsídios reembolsáveis, no todo ou em parte.

As receitas do Teatro de S. Carlos somaram 2433 contos. Assim, o saldo negativo cifrou-se em 4793 contos.

E de notar o constante aumento do saldo negativo deste Teatro e a desproporção entre as suas despesas, a cargo do Estado, e as de outros sectores importantes da instrução artística. O simples exame das cifras do quadro acima publicado mostra-as bastante maiores do que o conjunto das escolas e academias de belas-artes e