No caso do pessoal as verbas mantiveram-se. Pode dizer-se não ter significação o ligeiro acréscimo de 33 contos. As despesas foram as seguintes: À verba de material foi equivalente à de 1952. Foi tão pequena a variação nas rubricas orçamentais que quase não valeria a pena mencioná-las. Em quase todas houve pequenos aumentos, compensados com reduções nalgumas rubricas. No conjunto apenas se deu um ligeiro acréscimo de 27 contos, como se verifica nos números seguintes:

Continua a ser a conservação de imóveis a verba mais importante. Desta Direcção-Geral dependem estações e postos agrícolas e outras dependências. A conta da sua exploração, assim como a das obras necessárias à conservação dos móveis, andam ainda à roda de 2000 contos todos os anos. Parte dos trabalhos costuma ser realizada pelo Ministério das Obras Públicas. A despesa total foi de 19 277 contos - mais 4.193 contos do que em 1952. No quadro seguinte especificam-se as diversas despesas relacionadas com as suas aplicações:

Observa-se que houve aumento de despesa nas participações ou cobranças de receitas e nas despesas relativas à cultura de arroz e plantio da vinha, com compensação nas receitas.

Ë pena não ser mais acentuada a despesa das comparticipações na construção de silos, nitreiras e estábulos, sobretudo dos primeiros, que podem ser de grande auxílio ao agricultor, especialmente nos anos secos, em que há grande falta de forragens.

Quanto ao plantio da vinha, parece que terá de ser revista novamente a legislação actual.

O problema é velho e já foi tratado nestes pareceres em diversos anos e por diversos membros da Assembleia Nacional. A vinha é uma cultura de colonização. Emprega muitos braços e o trabalho reparte-se por quase todo o ano. Ë cultura que pode ser praticada com proveito nas zonas de desemprego endémico, desde que as condições naturais a permitam.

Por outro lado, a preparação de terrenos para plantação da vinha exige em certas zonas somas dispendiosas, prepara terras improdutivas ou de pequeno rendimento para outras colheitas. Permite, além disso, culturas intercalares, arbóreas ou outras, como pomares e olivais.

Pode ser um instrumento útil na valorização de muitos terrenos de pequeno rendimento.

Deve procurar-se intensificá-la, de preferência em terrenos do tipo que acaba de se indicar e nas zonas próprias, e impedir a sua cultura em terrenos susceptíveis de produzir rendimento idêntico de outro modo, em culturas essenciais à economia nacional.

A cultura da vinha pode ser também em instrumento de valorização da terra.

O problema terá de ser visto também neste aspecto.

Receitas No quadro seguinte indicam-se as receitas mais importantes dos serviços agrícolas.

Plantio da vinha e cultura do arroz ...........6 993

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