Nos centros de controle regional da navegação aérea gastaram-se 16 885 contos, dos quais 11 361 em pessoal; destes, 8412 contos pertencem a pessoal dos quadros aprovados por lei. As cifras relativas a esses centros são as seguintes:

Em material há a verba de 2519 contos relativa a semoventes. Nos centros de coordenação de busca e salvamento a despesa foi de 35 contos.

Incluem-se, como se referiu acima, 12 648 contos em despesas extraordinárias gastas nos Aeroportos de Lisboa (4375 contos), Santa Maria (6174 contos) e Sal (2099 contos). O total gasto nos aeroportos foi o mencionado adiante:

Parte das despesas suo recuperadas. No capítulo "Domínio privado - Participação de lucros" inscrevem-se as receitas cobradas nos aeroportos, que se podem comparar com as inscritas no parecer do ano passado para 1952. As mais importantes foram:

Serviços meteorológicos Não se alterou sensivelmente o nível da despesa destes serviços. Nos três últimos anos anda à roda de 10 500 contos.

Foi de 10 455 em 1953, mais 150 contos do que no ano anterior. No quadro seguinte reparte-se a despesa pelas diversas rubricas orçamentais:

Despesas totais do Ministério Não considerando a Administração-Geral dos Correios, Telégrafos e Telefones, a despesa total do Ministério das Comunicações pode exprimir-se assim:

Despesa extraordinária:

Administração dos Portos do

392 005

A coincidência entre as despesas totais nos dois anos de 1952 e 1953 tem interesse. Houve a pequena diferença de 5 contos, num total de 392 006 contos em 1953 e 392 010 contos em 1952, mas só em exame mais atento dos números poderão extrair-se conclusões.

Administração-Geral dos Correios, Telégrafos e Telefones O exame das contas destes serviços no ano de 1953 indica, como previsto, que as receitas continuam a crescer, tendo atingido o total de 452 850 contos, que é o máximo, em escudos do ano, alcançado até agora.

Este é também o máximo, se forem consideradas as cifras em termos reais, isto é, reduzidas pelo uso do índice dos preços por grosso a escudos de 1938.

Usando esse índice, com as limitações normalmente postas nestes pareceres quando se considera o seu uso, e referindo as receitas a 1938, nota-se que o aumento não atingiu 50 por cento, o que, dado o desenvolvimento dos serviços e o acréscimo da população, parecerá a muitos paradoxal. Sem haver agora o propósito de indagar as causas do retardamento das receitas em termos reais, parece que ele deve também estar relacionado com a lenta melhoria do nível de vida.

Os números, tal como foram calculados pêlos serviços, são os seguintes:

As receitas atingiram um mínimo em 1943 (83 576 contos em escudos de 1938). embora em escudos do ano elas se mantivessem idênticas às do ano anterior.

A recuperação notada em 1949 proveio do aumento das taxas postais, que anulou os deficits de 1947 e 1948.

Os problemas que estes números põem não se circunscrevem apenas aos correios e telégrafos, e já foram assinalados nestes pareceras para as próprias receitas e despesas .gerais do Estado, tanto ordinárias como extraordinárias.

Mostram, porém, as graves dificuldades suscitadas por bruscas variações na moeda e os esforços que é -necessário fazer para reequilibrar a conjuntura.

O progresso nas receitas em 1953 foi ainda sensível - da ordem dos 19 000 contos). Infelizmente, como é habitual, ele foi acompanhado de quase idêntico aumento nas despesas - cerca de 18 000 contos. As receitas, em