fundos, numa palavra, a amortização de despesas anteriores. Como a maior despesa feita por intermédio dos adiantamentos do fundo de reserva teve lugar nos telefones, são estes que apresentam menor saldo positivo, apesar das suas elevadas receitas.

Assim, em 1953 reembolsaram-se 51 773 contos. A exploração telefónica concorreu com mais de 44 000 e os serviços dos correios com cerca de 5000. No quadro seguinte indicam-se os saldos de cada uma das explorações:

(ver tabela na imagem) A importância integrada no fundo de reserva, que atingiu 395 601 contos em 1953, foi de 40 000 contos.

Este fundo está investido em material existente em armazém, títulos de crédito, empréstimos (ao fundo de 1.º estabelecimento) e dinheiro em caixa.

Em 1953 operou-se a seguinte movimentação:

Receitas

Transferências da despesa ordinária (incluindo unidade de renovação) .. 40 000

Lucro líquido da gerência ......11 720

Empréstimo ao fundo de 1.º estabelecimento ........ 65 525

Acréscimo na existência de material ........... 9087

Armazéns gerais ....... 8 947

Empréstimo ao fundo de 1.° estabelecimento ........ 65 525

Saldo ........ 395 601

Já representa uma soma bastante apreciável o fundo do reserva, que é utilizado em parte na exploração e no desenvolvimento dos serviços, quer como capital circulante (material em armazém), quer no de estabelecimento.

Em 1952 o movimento da conta de empréstimo ficou em 121 492 contos, obtidos assim:

Empréstimo em 1952 ........... 65 525

Quer dizer: parte do fundo de reserva auxilia o desenvolvimento dos serviços.

Assim, já é fácil determinar a actual constituição do fundo de reserva. O quadro seguinte mostra-a:

(ver imagem na tabela)

As cifras indicam que cerca de metade do fundo de reserva se encontra sob forma líquida - em títulos de crédito e em caixa.

Não será verba muito alta, considerando sobretudo as elevadas percentagens de material em armazém (82 824 contos), também financiado pelo fundo de reserva? Parece que a Administração podia utilizar maior percentagem do fundo de reserva em despesas de 1.° estabelecimento, desde que fosse assegurado o seu carácter reprodutivo.

Administração-Geral do Porto de Lisboa As receitas totais da Administração-Geral do Porto de Lisboa arredondaram-se em 97 080 contos, dos quais 11 298 pertencem ao plano de melhoramentos e constituem gastos extraordinários.

A receita ordinária foi, pois, um pouco superior à do ano passado.

Os números que seguem indicam as receitas dos últimos anos, relacionados com 1938:

(ver imagem na tabela)