no quadro III, se modificou bastante no longo período decorrido entre 1938 e 1953.

Se fizermos intervir o índice de preços por grosso e aplicarmos em cada ano os respectivos coeficientes do valor do escudo reduzido a termos de 1938, qual a evolução dos depósitos no longo período de quinze anos?

Por outras palavras: considerando a desvalorização da moeda e reduzindo os depósitos a unidade comum, quais os seus quantitativos em cada um dos anos considerados?

Para ter ideia do problema construiu-se um quadro onde se inscrevem os depósitos desde 1938, reduzidos a escudos deste ano:

(a) Abateram-se os depósitos do Estado no Banco Nacional Ultramarino e no Banco do Angola e os depósitos presumireis noutras bancos.

O primeiro aspecto que ressalta do quadro é a sua gradual evolução, progressiva até 1948, o atraso manifestado em 1949 e a lenta recuperação a partir de 1950. Contudo, os números de 1953 ainda não alcançaram os de 1946, tais os efeitos dos deficits da balança de pagamentos no período de 1947-1949 e as variações nos preços.

Houve, na verdade, subida acentuada em números absolutos nos depósitos líquidos entre 1938 e 1953, que se arredonda em cerca de 2 200 000 contos, expressos em escudos de 1938. O aumento deu-se em grande parte nos depósitos bancários.

Se se atender à sua natureza, tal como foi indicado acima, parece não ter progredido bastante a poupança.

Este problema tem interesse porque, na hipótese de os depósitos bancários também serem constituídos em escala apreciável por poupança, haverá que adoptar medidas no sentido de poderem ser utilizados em aplicações a longo prazo - quer dizer: em investimentos orientados para fins de fomento agrícola e industrial que requeiram amortizações lentas.

A questão toma-se mais evidente se forem estudadas as percentagens que determinam a evolução dos depósitos nos últimos quinze anos.

No quadro v indicam-se essas percentagens:

(1938 = 100)

(a) Abateram-se os depósitos do Estado no Banco Nacional Ultramarino e no Banco de Angola.