e Figueiró dos Vinhos (76 por cento). Entre 50 e 70 por cento contam-se os concelhos de Alcobaça (67), Leiria (64), Marinha Grande (67) e Caldas da Bainha (59).

Em todos os restantes as percentagens são inferiores a 50 por cento, descendo a 33 no concelho de Óbidos, a 36 no do Bombarral, a 41 no da Nazaré e a 44 no de Peniche.

Exactamente onde são menores as percentagens da forma de exploração de conta própria acentua-se a mista de conta própria e arrendamento.

Assim, ela é alta no Bombarral (29 por cento), nas Caldas da Bainha (28 por cento), na Nazaré (28 por cento) e cm Óbidos (29 por cento).

A forma de exploração simples de renda ou subarrendamento só tem grande relevo no concelho da Nazaré (31 por cento), no de Óbidos (35 por cento), no de Peniche (38 por cento) e no do Bombarral (25 por cento).

Outras formas de exploração simples ou mistas não têm grande interesse. Não são satisfatórias as cifras relativas ao distrito de Lisboa, onde as percentagens de exploração simples por conta própria são inferiores a 50 por cento em quase todos os concelhos. As únicas excepções são as dos concelhos do Cadaval (63 por cento), Cascais (64 por cento) e Sintra (64 por cento). A forma de exploração de renda ou subarrendamento, no conjunto, atinge 25 por cento e tem maior relevo em Alenquer (21), Loures (47), Oeiras (37), Mafra (39) e Torres Vedras (29).

A exploração mista de conta própria e renda é importante em Alenquer (17 por cento), Mafra (31 por cento), Torres Vedras (24 por cento) e Lourinhã (40 por cento). Surpreendem as cifras relativas ao distrito do Porto. No conjunto, a exploração por conta própria não atinge 50 por cento; a de renda ou subarrendamento alcança 36 por cento.

A conta própria tem relevo no concelho do Porto (79 por cento) e no de Santo Tirso (72 por cento). Está acima de 60 por cento, além destes concelhos, nos de Gondomar (66), Maia (64) e Vila do Conde (64). Mas não atinge esta cifra, embora seja superior a 50 por cento, nos de Matosinhos (58), Valongo (55) e Vila Nova de Gaia (56). Todos 03 restantes concelhos têm percentagens de explorações sob a forma de conta própria inferiores a 50 por cento. Nalguns, como Amarante (36), Baião (38), Lousada (35), Marco de Canaveses (30) e Penafiel (36), são até inferiores a 40 por cento. Nos restantes concelhos de Felgueiras (41), Paços de Ferreira (46) e Paredes (46) são um pouco superiores, mas ainda assim inferiores a 50 por cento.

A conta própria e arrendamento só tem relevo nos concelhos da Póvoa de Varzim (25 por cento) e Valongo (15 por cento).

Em Amarante a forma de exploração simples de renda ou subarrendamento atinge quase metade do conjunto das explorações, ou 45 por cento, e em Felgueiras ultrapassa-a (51 por cento). Há um concelho - o de Lousada- em que 61 por cento das explorações estão arrendadas. No resto as percentagens das explorações sob a forma de renda são altas: 44 por cento em Marco de Canaveses, 41 em Paredes. 43 em Penafiel, 32 na Maia, 32 em Matosinhos, 35 em Paços de Ferreira e 35 em Vila Nova de Gaia. Nos restantes a percentagem está sempre compreendida entre 20 e 30 por cento, com excepção do Porto, onde é 19.

Em Marco de Canaveses, Baião e Penafiel a forma de exploração em parceria tem certo interesse: respectivamente 12, 19 e 10 por cento das explorações.

Dos distritos considerados, o do Porto é certamente aquele em que maior percentagem de propriedade não ú explorada pêlos seus donos.

Sendo este distrito um daqueles em que a propriedade está mais dividida, são de surpreender os resultados do inquérito. Ver-se-ão adiante outras condições relativas à situação do distrito em matéria de parcelas por explorar e meios mecânico ou animal usados.

Distrito de Santarém Consideram-se apenas os concelhos de Mação e Vila Nova de Ourem. Os restantes foram estudados no apêndice do parecer do ano passado.

O seguinte quadro resume as características mais salientes dos dois concelhos:

Tanto no concelho de Mação como nos seus vizinhos de Proença-a-Nova e Vila de Rei quase toda a propriedade é explorada por conta própria. A percentagem também é alta em Vila Nova de Ourem. Neste distrito consideram-se apenas os concelhos que fazem parte da Estremadura. São os mais povoados e quase todos ribeirinhos.

No de Setúbal, 93 por cento das explorações são de conta própria. É um dos concelhos com percentagem só comparável a alguns da Beira Baixa. Nos concelhos de Barreiro (60), Moita (64), Palmeia (75) e Seixal (63) a percentagem destas explorações é sempre superior a 60 por cento. Porém, Alcochete (31 por cento), Almada (49 por cento), Montijo (41 por cento) e Sesimbra (27 por cento) destoam dos restantes, com percentagens de explorações por conta própria bastante baixas. Nas de arrendamento simples, Alcochete vai à cabeça com 56 por cento, logo seguido por Sesimbra (52 por cento) e Montijo (48 por cento). Almada e Barreiro têm 30 por cento das sitas explorações sob a forma de arrendamento; Moita tem 32 por cento. Nos restantes concelhos de Palmeia (13 por cento), Seixal (22 por cento) e Setúbal (6 por cento) as percentagens são mais baixas.

Na área deste distrito agora considerada há dois regimes de exploração perfeitamente definidos. As cifras mostram-no claramente. O exame das condições em que se explora a propriedade neste distrito montra algumas anomalias de interesse. Nalguns concelhos a forma de exploração por conta própria e arrendamento em conjunto com a exploração simples, de conta própria, é bastante alta. Mas as médias de conta própria simples são inferiores às de Coimbra e Castelo Branco.