Herculano Amorim Ferreira.

Jerónimo Salvador Constantino Sócrates da Gosta.

João da Assunção da Cunha Valença.

João Carlos de Assis Pereira de Melo.

João Cerveira Pinto.

João Mendes da Costa Amaral.

Joaquim Dinis da Fonseca.

Joaquim de Moura Relvas.

Joaquim de Pinho Brandão.

Joaquim de Sousa Machado.

Jorge Botelho Moniz.

Jorge Pereira Jardim.

José Dias de Araújo Correia.

José Garcia Nunes Mexia.

José Maria Pereira Leite de Magalhães e Couto.

José dos Santos Bessa.

José Sarmento Vasconcelos e Castro.

José Venâncio Pereira Paulo Rodrigues.

Luís de Arriaga de Sá Linhares.

Luís Maria Lopes da Fonseca.

Manuel Cerqueira Gomes.

Manuel Colares Pereira.

Manuel de Magalhães Pessoa.

Manuel Maria de Lacerda de Sousa A roso.

Manuel Monterroso Carneiro.

Manuel de Sousa Rosal Júnior.

Manuel Trigueiros Sampaio.

D. Maria Leonor Correia Botelho.

D. Maria Margarida Craveiro Lopes dos Reis.

Mário de Figueiredo.

Paulo Cancella de Abreu.

Pedro de Chaves Cymbron Borges de Sousa.

Pedro Joaquim da Cunha Meneses Pinto Cardoso.

Ricardo Vaz Monteiro.

Sebastião Garcia Ramires.

Urgel Abílio Horta.

Venâncio Augusto Deslandes.

O Sr. Presidente:- Estão presentes 79 Srs. Deputados. Está aberta a sessão.

Eram 16 horas e 10 minutos.

O Sr. Presidente:-Está em reclamação o Diário das Sessões n.° 84.

Pausa.

O Sr. Presidente:-Em vista de nenhum Sr. Deputado pedir a palavra, considero-o aprovado.

Tem a palavra antes da ordem do dia o Sr. Deputado António Rodrigues.

O Sr. António Rodrigues: - Sr. Presidente: em sessão de 10 de Dezembro último requeri algumas informações pelo Ministério da Economia, que creio facilmente podem ser fornecidas e ainda o não foram, apesar de decorrido tão longo lapso de tempo.

O assunto a que dizem respeito tem merecido a minha melhor atenção e ó dos que não devem cair no esquecimento.

Renovo, por isso, aquele pedido, certo de que não deixará de ser satisfeito com a maior urgência possível.

O Sr. Presidente: -Insistirei pela satisfação do requerimento de V. Ex.a

O Sr. Amaral Neto: - Sr. Presidente: pedi a palavra para apresentar o seguinte

Requerimento

«Requeiro que, pelo Ministério da Economia, me seja prestada informação do andamento a adiantamento dos trabalhos do chamado Plano de Fomento Agrário, e designadamente:

1.° Se há intenção de publicar a carta agrícola do País, como resultante dos inquéritos e investigações feitos, antes que perca actualidade;

2° Se já estão completos os estudos de ordenamento de algumas zonas do País;

4.° Se pó de prever-se quando ficará concluído todo o Plano e se isto se verificará com avanço ou atraso sobre as previsões iniciais».

O Sr. Monterroso Carneiro: - Para V. Ex.ª, Sr. Presidente, as minhas respeitosas saudações o a mais rendida homenagem às altas qualidades que tornam V. Ex.a credor da mais elevada consideração e apreço.

Vozes: - Muito bem!

O Orador: - As minhas desculpas pêlos minutos quo vou roubar com as palavras que proferirei, palavras estas motivadas pela minha dedicação por Angola, onde vivi mais de quarenta anos, consumindo ali os melhores da minha vida e onde com alvoroçada satisfação e orgulho bem português venho vivendo e verificando o seu constante progresso, quo se reflecte em todos os sectores da sua vida febricitante e entre eles no novo porto de Luanda, que se apresentei em plena e quase satisfatória actividade.

Ainda há anos, muito poucos anos ainda, os navios que ali aportavam ancoravam dentro da baía, mas muito afastados do desembarcadouro, e passageiros o carga eram para e deles transportados em embarcações diversas.

Hoje, a par de um movimento de dia para dia mais intenso, enche de júbilo quantos ali labutam verificar o esplêndido porto que o Governo mandou construir, e cuja primeira fase, em franca explorarão, já demonstra ser insuficiente, necessitando d» aumento, aliás previsto no plano original e que está projectado levar a efeito muito brevemente.

Este porto, com seus caís acostáveis dentro da baia de Luanda, é naturalmente protegido contra as investidas pela sua ilha - língua de areia semelhante às que formam as baias de Porto Alexandre, dos Tigres e do Lobito, grandes portos naturais. O do Lobito, há muitos anos ao serviço de uma zona da excepcional movimento, dotado com seus cais acostáveis em franca exploração, tem os seus serviços montados com tal eficiência que fazem dele, som favor, o melhor porto da costa ocidental da África.

Ura os jornais metropolitanos de há cerca de um mês, transcrevendo noticias da agência Lusitânia, informaram que o mar em Angola, embravecido, tinha arremetido com ímpeto contra a ilha de Luanda - cortina protectora, como disse, do porto da capital- e, galgando-a, a vem destruindo aos poucos, reduzindo-a e cortando-a em vários pontos.

Notícias, porém, mais detalhadas de jornais de Angola, que- honra lhes seja! - desde há muitos anos vinham chamando a atenção das entidades responsáveis e pedindo providências para que a ilha fosse protegida, dão mais