João da Assunção da Cunha Valença.

João Luís Augusto das Neves.

Joaquim Dinis da Fonseca.

Joaquim de Pinho Brandão.

Joaquim de Sousa Machado.

Jorge Botelho Moniz.

Jorge Pereira Jardim.

José Dias de Araújo Correia.

José Maria Pereira Leite de Magalhães e Couto.

José Sarmento Vasconcelos e Castro.

José Venâncio Pereira Paulo Rodrigues.

Luís de Arriaga de Sá Linhares.

Luís de Azeredo Pereira.

Luís Filipe da Fonseca Morais Alçada.

Luís Mana Lopes da Fonseca.

Manuel de Magalhães Pessoa.

Manuel Maria de Lacerda de Sousa Aroso.

Manuel Maria Múrias Júnior.

Manuel Maria Vaz.

Manuel Marques Teixeira.

Manuel Monterroso Carneiro.

Manuel de Sousa Rosal Júnior.

Manuel Trigueiros Sampaio.

D. Maria Leonor Correia Botelho.

D. Maria Margarida Craveiro Lopes dos Reis.

Mário de Figueiredo.

Paulo Cancella de Abreu.

Pedro de Chaves Cymbron Borges de Sousa.

Pedro Joaquim da Cunha Meneses Pinto Cardoso.

Ricardo Vaz Monteiro.

Sebastião Garcia Ramires.

Venâncio Augusto Deslandes.

O Sr. Presidente: - Estão presentes 71 Srs. Deputados. Está aberta a sessão.

Eram 16 horas e 5 minutos.

O Sr. Presidente:- - Está em reclamação o Diário das Sessões n.° 86.

A Sr.ª D). Maria Margarida Craveiro Lopes dos Reis: - Desejo fazer a seguinte rectificação a esse; Diário das Sessões.

A p. 709, col. 1.º, 1. 23, onde se lê: f regime oficial de cooperação com o Estado», deve ler-se: «regime de cooperação com o Estado».

O Sr. Presidente: - Visto mais ninguém pedir a palavra, considero aprovado o referido Diário das Sessões, com a alteração apresentada.

Vai ler-se o

Do Sindicato Nacional dos Operários da Indústria de Cerâmica e Ofícios Correlativos do Distrito de Coimbra a apoiar o aviso prévio realizado pelo Sr. Deputado Almeida Garrett.

O Sr. Presidente: - Acabo de receber um telegrama do Cabido de Évora comunicando à Câmara o falecimento do arcebispo daquela diocese.

O Sr. Bartolomeu Gromicho: - Peço a palavra

O Sr. Presidente: - É sobre este assunto?

O Sr. Bartolomeu Gromicho: - Sim, Sr. Presidente.

O Sr. Presidente: -Convido V. Ex.ª a subir à Tribuna.

O Sr. Bartolomeu Gromicho: - Sr. Presidente: há poucas horas, encontrando-me casualmente no Ministério da Educação Nacional, tive conhecimento de que na última madrugada fora Deus servido chamar a sua divina presença o Sr. Arcebispo de Évora, D. Manuel Mendes da Conceição Santos.

Está, pois, de luto a Igreja; está de Luto o arcebispado eborense, e está de pesado lato a histórica cidade de Évora.

Não se trata de simples crepes protocolares, mas do sentimento profundo e sincero pelo desaparecimento de uma nobre e alta figura do clero português.

Vozes: - Muito bem!

O Orador: - Évora, neste momento doloroso, deplora compungidamente a perda irreparável do seu prelado, o abandono do mundo dos vivos de alguém que foi alguém e destacadamente alguém na extensa e ínclita galeria dos bispos e arcebispos que se sucederam no sólio prelatício da catedral eborense.

Em 1921 encontrava-se a Sé vacante pelo falecimento do grande arcebispo, príncipe da Igreja e príncipe da oratória sagrada, D. Augusto Eduardo Nunes, grande figura da Igreja e grande mártir das violências jacobinas da primeira fase iconoclasta da República. Só o seu alto prestigio intelectual o moral permitiu que não soçobrasse aos embates da irreverência então à solta.

Foi em substituição de tão prestigioso prelado e em momento de convulsão política e religiosa que D. Manuel Mendes da Conceição Santos foi investido na sua sagrada missão naquele já tão afastado ano de 1921.

O novo arcebispo, aliás recebida e entronizado com todas as honras devidas, breve só revelou digno dos seus ilustres antepassados e digno continuador do seu imediato e proeminente antecessor

A sua extraordinária força de vontade, a sua brilhante cultura e a sua infatigável actividade impuseram-no desde logo ao respeito e à admiração mesmo daqueles que ainda combatiam afrontosamente a Igreja.

Vozes: - Muito bem!

O Orador: - E, decorridos poucos anos, a sua acção conciliadora e apostolizante trouxera a paz e a prosperidade moral onde ainda há pouco reinava a confusão dos espíritos, a descrença e a agressividade anti-religiosa.

Este longo período de trinta e quatro anos foi uma vida de verdadeiro apóstolo, incansável nas suas frutuosas deambulações. Parecia até, por vezes, possuir o dom da ubiquidade, pois aparecia em toda a parte onde a sua presença se tornava necessária: nos congressos eucarísticos, nas frequentes reuniões do bispado português, nas peregrinações a Roma, a Lurdes e a Fátima, nas sessões da Academia das Ciências, de que era um dos seus brilhantes consócios, nos crismas por toda a extensa área do arcebispado, nas cerimónias religiosas e civis em terras de todas as categorias da sua área pastoral. Ainda há pouco mais de oito dias presidiu em Lisboa a cerimónias públicas e particulares, entre elas a uma sessão na Sociedade de Geografia. Chegou a Évora às 3 horas. Pois às 9 horas dessa minha de domingo, dia 20 do corrente, estava na Sé do Évora a assistir à comunhão geral dos estudantes do liceu.

Infatigável até ao fim, pois que no último domingo ainda presidiu à procissão do Senhor dos Passos, embora