Brigada técnica da m região (Mirandela).

Estacão Agrária de Beja.

Estação Agrária do Algarve.

Serviço de Ensaio de Sementes.

Nova Estação Agronómica Nacional, em Oeiras. Verbas disponíveis neste momento para a completa instalação e apetrechamento de cada um dos organismos citados e estimativa dos encargos com o integral apetrechamento.

3) Em que prazo se prevê a instalação definitiva e apetrechamento dos mesmos organismos. Se existe qualquer plano de construção de armazéns reguladores para efeitos de recolha de excedentes de azeite nos anos de safra.

2) Se, independentemente da existência ou não de qualquer plano, estão a ser construídos ou em vias de o serem alguns armazéns para azeite e, no caso afirmativo, sua localização, capacidade, custo e data provável de conclusão.

3) Capacidade e número de armazéns considerados convenientes ou indispensáveis para assegurar uma intervenção eficiente na provável safra extrema de 1957. Dentro do mínimo considerado indispensável de armazéns para essa intervenção, quais poderão seguramente - limitações de tempo ou financeiras - estar concluídos em tempo útil, ou seja em Setembro de 1957.

5) Número, localização e capacidade de armazéns provisoriamente adaptados durante a intervenção efectuada na safra de 1953.

6) Que quota-parte do encargo de armazenagem das quantidades adquiridas nessa intervenção poderá atribuir-se às deficientes condições de utilização desses armazéns, à sua dispersão e à carência de quadros técnicos.

Montante dos fundos de contrapartida, discriminação da sua utilização e saldo existentes.

Nesta altura assumiu a Presidência o Sr. Vice-Presidente, Deputado Augusto Cancella de Abreu.

O Sr. Presidente:-Tem a palavra o Sr. Deputado Amaral Neto.

O Sr. Amaral Neto: - Sr. Presidente: quando já me gabava de não ter sem respostas qualquer dos muitos requerimentos de informação que aqui tenho apresentado a V. Ex.a, não obstante alguns serem bem trabalhosos de atender, eis que começou a correr o tempo sobre um dos mais sucintos, e dois anos e várias semanas vão já passados sem noticias a seu respeito.

Refiro-me ao que apresentei na sessão de 4 de Fevereiro de 1953, dirigido ao Sr. Ministro da Economia e perguntando porque não se declarava a abertura à exploração de duas centrais hidroeléctricos.

Logo expliquei, abusando acaso do Regimento, os motivos da pergunta, poucos e claros: averiguar das razões que consentiam o desrespeito de contratos legalmente celebrados, mas não pontualmente cumpridos.

De facto, pêlos anos de 1948 e 1949, alguns municípios do distrito de Santarém concederam a corta empresa hidroeléctrica o exclusivo da distribuição e fornecimento de energia nas áreas dos seus concelhos, na base de cadernos de encargos e através de negociações patrocinadas e orientadas pela Direcção-Geral dos Serviços Eléctricos.

Revelou-se então preciosa a intervenção, inteligente e eficaz, deste alto departamento do Estado, a cujos conselhos aderiram confiadamente as vereações, reconhecendo as grandes vantagens a esperar da directriz comum traçada.

Vozes: - Muito bem !

O Orador:-Entre essas vantagens, e das que mais pesaram para fazerem aceitar dos povos novos regimes, do entrada carregados de obrigações pesadas, que, essas, se mantiveram, figurava a promessa de baixa das tarifas em certos escalões, para vigorar quando a concessionária iniciasse a exploração de algum novo aproveitamento hidroeléctrico além dos já existentes.

Ora, entre os anos de 1951 e 1952, não só um, mas dois aproveitamentos, e grandes, a mesma concessionária concluiu e pôs em exploração.

Em exploração, digo, e bem: um desses aproveitamentos sustenta notoriamente certo grande estabelecimento fabril, e entre ambos já produziram para venda alguns 400 milhões de kWh - sim, 400 milhões! - nos três ou quatro anos do seu funcionamento regular.

Todavia, oficialmente essa exploração ainda não foi declarada aberta, pretendendo-se, após tanto tempo e tanto trabalho, que os aproveitamentos continuam em regime de experiência.

Cara experiência, para os consumidores, a quem a empresa, com este pretexto especioso, nega a prometida e devida baixa de tarifas. E digo-o pretexto especioso e falso porque decorre claramente dos cadernos de encargos que haveria de ser o facto, e não a ficção burocrática da exploração, o motor da baixa das tarifas.

Vozes: - Muito bem!

O Orador: - Creio que os serviços oficiais toleram e sancionam este abuso na intenção de concitarem a empresa a outros ajustamentos, porventura de mais largo alcance; mas repugna-me profundamente ao espírito este arriscado procedimento de desprezar o princípio sacratíssimo do respeito pela palavra dada e os legítimos interesses dos pequenos, à procura de quaisquer vantagens que sejam.

Vozes: - Muito bem!

O Orador: - Desde tempos imemoriais tal procedimento está qualificado e perseguido nos domínios do direito privado; e nos do direito administrativo ou público parece-me não se aceitar facilmente hoje em dia que o Estado trate os assuntos diversamente.

Sr. Presidente: paro aqui, para não sair do campo dos comentários para o da forte reprovação.

Em nome das populações que querem ver os contratos respeitados e executados, peço que se ponha cobro a uma situação de verdadeira impudência.

Exige-o alguma coisa mais que a honorabilidade dos intervenientes nos contratos, que as vantagens administrativas, que o respeito da justiça; exige-o, pura e simplesmente, a moral pública!

Tenho dito.

Vozes: - Muito bem, muito bem! O orador foi muito cumprimentado.

O Sr. Pinto Barriga: - Peço a palavra, Sr. Presidente, para apresentar um requerimento.