gueses, que tiveram em Fernando de Sousa um mestre do mais paro quilate.

Falando hoje, antecipo-me, pois, forçadamente às comemorações, por certo dignas, que vão realizar-se.

Mas também aqui, nesta tribuna, não fica mal que seja lembrado o nome do pujante jornalista a quem muito se deve na preparação do ambiente para a Revolução Nacional.

Fez parte o conselheiro Fernando de Sousa desse escol de lutadores que, pela pena ou pela espada, tornaram possível o advento de 8 de Maio, na manhã gloriosa de Braga em 1926, como já anteriormente aviam preparado o movimento precursor de 18 de Abril.

Vozes: - Muito bem!

O Orador:-Vão passados vinte e nove anos, durante os quais se abriram já muitos túmulos e embranqueceram e envelheceram muitos fiéis o devotados.

Mas valeu a pena ter vivido esses tempos de decisão e devotação à causa pública, mesmo que, por vezes, tenham advindo os desgostos e até (porque não dizê-lo?) algumas desilusões.

A vida é semeada deles, mesmo porque é luta; e certo é também que os que, porventura, nunca lutaram não sabem o que é viver, no alto sentido que exprime a vida.

Vozes: - Muito bem!

O Orador: - Sr. Presidente: o conselheiro Fernando de Sousa condensou uma ideia e nobremente a defendeu até ao fim.

Por isso a sua grande alma ainda vive no tempo. Na história das lutas em defesa de Deus e da Igreja e pela restauração das instituições tradicionais da nação portuguesa, lutas travadas por vezes no fragor dos assaltos da turba ignara e sanguinolenta, conduzidos em comandos de subsolo, ele foi o homem forte a quem Deus concedeu já neste mundo o prémio de uma morte serena, como se diz ser a dos justos. Lembra-me, simbolicamente, ser ele um alteroso galeão, em flutuação constante de mar proceloso, que ao porto de bonança só chegou para tombar e morrer.

Tenho dito.

Vozes: - Muito bem, muito bem!

O orador foi muito cumprimentado.

O Sr. Elísio Pimenta: - Pedi a palavra para enviar para a Mesa o seguinte

Requerimento

«Roqueiro: Que, pelo Ministério da Justiça, me seja fornecida cópia do parecer da Procuradoria-Geral da República (processo n.° 96/53-L. 50) acerca do reconhecimento da existência de formas de propriedade e de explorarão comunitárias, e bem assim cópia do projecto de decreto-lei anexo ao mesmo parecer;

b) Que, pelo Ministério da Economia, Direcção--Geral dos Serviços Florestais e Agrícolas, me seja fornecida cópia de todos os despachos, informações, pareceres e relatórios lavrados ou elaborados sobre o parecer e o projecto de diploma indicados na alínea anterior.

O Sr. Urgel Horta: - Sr. Presidente problema da tuberculose está na ordem do dia em todos os países que dedicam à saúde da população o interesse compatível com a gravidade do mal. cuja mortalidade c cuja morbilidade representam prejuízo incalculável na economia da Nação. Evitar e combater a doença, desde o alvorecer da vida, combate iniciado no ventre materno, é tarefa meritória, imposta a todos quantos sabem que no programa de ataque a tão grave flagelo reside a salvação de tanta mocidade necessária ao progresso, à manutenção e à grandeza da Pátria.

Vozes : - Muito bem !

O Orador: - Tem sido valiosíssimo o esforço despendido pelo Estado nestas últimas décadas, mas este generoso e bem justificado esforço, longe de abrandar, tem de intensificar-se, porque, apesar da mortalidade haver sofrido baixa sensível, a morbilidade mantém-se n a disseminação bacilar, que ela acarreta, fonte inesgotável de perigoso contágio, continua produzindo frutos bem amargos.

Aqui, Sr. Presidente, em plena Assembleia Nacional, foi por variadas vezes exposta, com toda a clareza e com toda a objectividade, a gravidade do problema. cuja resolução não admite soluções de continuidade. A luta necessita de ser cada vez mais persistente, fornecendo as estâncias oficiais todos os meios materiais necessários a tal finalidade.

Renda-se a melhor homenagem à compreensão do Governo e, em especial, aos Ministros das pastas pelas quais correm os problemas assistenciais, e bendito seja o capital investido em medidas de protecção â saúde pública, visto de nenhum outro se colher o rendimento que deste se obtém.

Vozes : - Muito bem, muito bem !

Vozes : - Muito bem !

O Orador: - Com a mais viva sinceridade e a melhor compreensão, louvamos a sua tarefa, dando inteiro apoio à sua actividade em prol da causa dos pobres e infelizes doentes portadores de lesões osteoarticulares, bem dignos de ser aliviados e furados de tilo graves sofrimentos, readaptando-os depois para a luta pela vida. Apoiamos inteiramente todas as suas afirmações, portadoras de anseios bem justificados.

O nosso colega Moura Relvas, na defesa de uma obra cuja realidade será um farto, deu-nos, e com prazer o confessamos, uma soberba lição de climatologia não esquecendo mesmo a propaganda turística da que é indubitavelmente a mais linda praia de Portugal. São facilmente defensáveis os princípios e razões apresentados para a criação de um sanatório heliomarítimo na Figueira da Foz. ideia em marcha, cuja efectivação marcará mais um grande passo na luta anti tuberculosa.

Mas não quero dispensar-me; de afirmar também que desde Caminha a Vila Real de Santo António são em grande número os pontos da nossa costa possuidores de todas as condições inerentes à construção de sanatórios. localizações admiráveis com que generosamente a Nação nos dotou.

Vozes : - Muito bem !