Joaquim de Pinho Brandão.

Joaquim de Sousa Machado.

Jorge Pereira Jardim.

José Dias de Araújo Correia.

José Maria Pereira Leite de Magalhães e Couto.

José Sarmento Vasconcelos e Castro.

José Venâncio Pereira Paulo Rodrigues.

Luís de Arriaga de Sá Linhares.

Luís Maria Lopes da Fonseca.

Manuel Colares Pereira.

Manuel Lopes de Almeida.

Manuel Maria de Lacerda de Sousa Aroso.

Manuel Maria Vaz.

Manuel Marques Teixeira.

Manuel Monterroso Carneiro.

Manuel de Sousa Rosal Júnior.

Manuel Trigueiros Sampaio.

D. Maria Margarida Craveiro Lopes dos Beis.

Mário Correia Teles de Araújo e Albuquerque.

Mário de Figueiredo.

Pedro Joaquim da Cunha Meneses Finto Cardoso.

Ricardo Vaz Monteiro.

Venâncio Augusto Deslandes.

O Sr. Presidente:-Estão presentes 62 Srs. Deputados.

Está aberta a sessão.

Eram 16 horas e l5 minutos.

O Sr. Presidente:-Estão em reclamação os n. 90 e 91 do Diário das Sessões.

O Sr. Pinto Barriga: - Sr. Presidente: desejo fazer a seguinte rectificação ao Diário das Sessões n.° 90:

A p. 778, col. l.1,1. 28, onde se lê: «mas sob pressão», deve ler-se: «umas sob pressão».

Há ainda outras, mas são de fácil compreensão.

O Sr. Magalhães e Couto: - Sr. Presidente: no Diário das Sessões n.° 91, a p. 806, col. l. a, antepenúltima linha, onde se lê: a airosamente», deve ler-se: «avisadamente».

O Sr. Presidente: - Se mais nenhum Sr. Deputado deseja fazer uso da palavra sobre os referidos números do Diário das Sessões, considero-os aprovados com as alterações apresentadas.

Pausa.

O Sr. Presidente: -O Sr. Presidente da República, a quem dei conhecimento telegráfico dos votos formulados pela Assembleia Nacional, a propósito do aniversário natalício de S. Ex.a, enviou-me ontem o seguinte telegrama:

«Extremamente sensibilizado agradeço Assembleia Nacional digna presidência V. Ex.a votos expressos e felicitações teve gentileza enviar motivo meu aniversário.- General Craveiro Lopes».

Pausa.

O Sr. Presidente:-Está na Mesa, enviado pela Presidência do Conselho, para efeitos do § 3.° do artigo 109.° da Constituição, o Diário do Governo n.° 79, l. a série, de 9 deste mês, que insere o Decreto-Lei n.° 40 123.

Pausa.

O Sr. Presidente:-Tem a palavra antes da ordem de dia o Sr. Deputado Magalhães e Conto.

O Sr. Magalhães e Couto: - Sr. Presidente: segundo a nota publicada na imprensa pelo nosso Ministério dos Negócios Estrangeiros, a próxima visita do ilustre Presidente da República do Brasil a Portugal dará lugar a actos de grande relevo em Lisboa e a visitas à Universidade de Coimbra, a cuidado do Porto e à cidade de Guimarães, como berço da nacionalidade portuguesa.

Guimarães alegra-se, sente-se ufana por ser assim considerada lugar obrigatório de uma peregrinação a terras da origem comum de duas nações irmãs, de duas grandes pátrias: Brasil e Portugal.

Vozes: - Muito bem !

O Orador: - Guimarães ufana-se e há-de esmerar-se em obséquios para que dessa visita o chefe da grande Nação Brasileira e o chefe da Nação Portuguesa, que certamente o acompanhará, possam trazer dali, por agradáveis, as mais inolvidáveis recordações.

Vozes: - Muito bem, muito bem!

O Orador:-Hão-de os Vimaranenses esforçar-se por marcar lugar de relevo e hão-de consegui-lo, pesarosos, todavia, por a sua cidade ao poder ostentar aos olho? dos seus ilustres visitantes aquele progresso e aquele grandiosidade que seriam bem próprios da sua importância económica de agora e do seu valor histórico * glorioso passado.

Não ignoram os Vimaranenses que Salazar tem por Guimarães especial carinho e bem deseja ir ao encontrar das suas aspirações.

Não obstante tão benéfica circunstancia, alguns melhoramentos obtidos nas duas últimas décadas arrastam-se penosamente, sem podermos saber quando lograrão atingir a sua completa execução.

É assim para o templo românico de S. Domingos cujas obras duram há mais de doze anos, sem que se vislumbre ainda o seu termo, por conclusão; é assim par a Igreja de Nossa Senhora da Oliveira, de Santa Maria das Vitórias, da vencedora de Aljubarrota, cujas obra de restauro e embelezamento pararam há mais de dói lustros e se não sabe quanto recomeçarão; é assim ..

É assim para tudo em Guimarães; e, todavia, afigura-se aos Vimaranenses que, de factos que a História regista, por únicos e da maior importância para a formação desta pátria de oito séculos, concorrendo com outros de agora que permitem dar a Guimarães, pelo seu valor económico, lugar destacado entre as mais importantes urbes do País, há-de caber sempre a esta terra privilegiada representação em acontecimentos de interesse nacional.

Deste modo, compreendo-se facilmente que os Vimaranenses se não conformem com a situação de desfavor em face dos Governos da Nação, em que por largos anos tem permanecido a sua terra, e esperem agora da Revolução Nacional, por uma mais equitativa distribuição dos dinheiros públicos, os títulos necessários para que Guimarães possa alcançar o grau de desenvolvimento de que carece e a que, por justo, se julga com inegável direito.

Vozes: - Muito bem !

O Orador: - Sr. Presidente: ao visitar-se qualquer terra não é difícil aquilatar-se do seu valor e do da s gente pela categoria dos seus estabelecimentos ensino, pela elegância e beleza dos seus edifícios públicos, pelas comodidades que faculta aos seus vintes, pela forma como estão aproveitadas as concepções que a Natureza ofereço e pelo modo como defendia, conserva e valoriza todo o património história artístico e arqueológico quo porventura possua.